Irmão de 10 anos doa medula óssea para salvar a vida do caçula com doença rara

O pequeno Wendell Kauã, de 10 anos, se tornou doador de medula óssea para o irmão mais novo, Benjamim, de 6 anos, que luta contra duas doenças raras. O transplante foi realizado em outubro, após mais de dois anos de tratamento em São Paulo, no Instituto de Tratamento do Câncer Infantil. Kauã foi escolhido pela equipe médica por ser 100% compatível e por apresentar melhor recuperação devido à idade. O procedimento trouxe esperança à família, que enfrenta desafios constantes desde o diagnóstico das condições do pequeno.

++ Mulher engravida pela terceira vez após usar anticoncepcional e pílula do dia seguinte

Franciane Nascimento Vieira, mãe das crianças, relatou que os primeiros sinais da doença apareceram quando Benjamim tinha apenas quatro meses. Após insistentes idas ao médico, ele foi diagnosticado com Anemia de Blackfan-Diamond, que prejudica a produção de glóbulos vermelhos. Mais tarde, aos cinco anos, o menino recebeu um segundo diagnóstico: Deficiência de ADA2, uma doença auto inflamatória rara. A partir daí, a família precisou mudar para São Paulo e recorrer à Justiça para obter medicamentos de alto custo, mas o quadro do garoto permaneceu instável.

Com o agravamento da condição de Benjamim em 2022, os médicos informaram que o transplante de medula óssea era a única alternativa viável. Após meses de exames, Wendell Kauã foi aprovado como doador. Mesmo com medo de hospitais, o garoto demonstrou grande maturidade e entusiasmo, comemorando a possibilidade de ajudar o irmão. “Ele mandou áudios para a família dizendo que o Benjamin ia ficar curado. Nunca o pressionamos, foi uma decisão dele”, contou Franciane.

++ Bebê prematuro extremo sobrevive após nascer com 440 gramas: “Cada dia é uma vitória”

O transplante ocorreu em outubro, e, até agora, os resultados indicam que Benjamim está reagindo bem ao novo órgão. Apesar disso, o menino permanece internado e sob monitoramento constante devido a uma infecção por citomegalovírus. A família segue em São Paulo para acompanhamento médico e torce por uma recuperação completa. Para Franciane, a trajetória da família é uma prova de perseverança. “Enquanto há vida, há esperança. Não podemos desistir. Tenho a infância de alguém em minhas mãos”, declarou.

Não deixe de curtir nossa página no Facebookno Twitter e também  no Instagram para mais notícias do 111Next.