Os bombardeios israelenses na Faixa de Gaza se intensificaram nas últimas 48 horas, resultando, nesta último sábado (23), na morte de pelo menos 120 pessoas, incluindo civis, segundo relatos médicos.
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Entre as áreas atingidas, está o Hospital Kamal Adwan, localizado no extremo norte do enclave, onde 12 funcionários ficaram feridos e houve sérios danos à infraestrutura médica, como o gerador de energia, a rede de oxigênio e o abastecimento de água.
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A escalada militar ocorre como parte da ofensiva israelense iniciada em outubro, com o objetivo declarado de neutralizar combatentes do Hamas e prevenir novos ataques. No entanto, moradores locais temem que a ação vise despovoar permanentemente parte do território, algo que Israel nega.
Um porta-voz militar israelense declarou que as operações buscam evitar danos a civis, mas acusou o Hamas de usar a população e hospitais como escudos humanos. O Hamas refuta essas alegações, qualificando-as como infundadas.
Um porta-voz do Hamas afirmou que uma refém israelense morreu durante os ataques no norte de Gaza e que a vida de outra continua em perigo. O exército israelense declarou estar investigando essas informações, mas criticou o grupo por “terrorismo psicológico”.
A campanha militar, em andamento há mais de 13 meses, já resultou na morte de mais de 44 mil pessoas e deslocou quase toda a população de Gaza ao menos uma vez, segundo autoridades locais. O hospital Kamal Adwan é um exemplo da crise humanitária em curso, com equipes médicas se recusando a abandonar o local mesmo sob ataque.
As tentativas de negociar um cessar-fogo têm avançado lentamente, com o Catar, mediador das conversas, suspendendo temporariamente os esforços devido à falta de concessões entre as partes.
Enquanto o Hamas busca um acordo que inclua a libertação de reféns israelenses e palestinos presos por Israel, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu mantém sua posição de que a guerra só terminará com a erradicação total do grupo.
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