Irmãs separadas pela Segunda Guerra Mundial se reencontram aos 96 e 100 anos

Helena e Barbara Stefaniak, irmãs separadas durante a Segunda Guerra Mundial, tiveram um reencontro emocionante nos Estados Unidos, aos 96 e 100 anos. O momento foi possível graças à ajuda da organização sem fins lucrativos Wish of a Lifetime, que realiza sonhos de idosos. Elas acreditam que esta será a última vez que se veem.

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“Este é provavelmente o nosso último encontro”, admitiu Barbara. Helena concordou: “Com a nossa idade e saúde, é 100% a última vez”.

As irmãs enfrentaram a separação ainda jovens, após a invasão da Polônia pelos nazistas em 1939. Ambas foram enviadas a campos de trabalho forçado na Alemanha. Helena foi levada primeiro, enquanto caminhava pelas ruas de Varsóvia. Barbara foi capturada pouco depois, sendo colocada em um campo diferente. Durante três anos, elas não tiveram notícias uma da outra.

“Eu só queria descansar. O trabalho era tão duro, e eu sentia tanto frio. Nós acordávamos e íamos dormir com o estômago vazio”, relembrou Barbara. Helena destacou que o pior momento era à noite: “Os alojamentos eram terríveis. Não havia lugar para nos acomodarmos”.

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Após a libertação pelos aliados, as irmãs se reencontraram por meio de informações compartilhadas entre poloneses liberados. Barbara encontrou Helena em um local inesperado: “Ela abriu a porta e me olhou como se eu fosse uma estranha. Quando nos separamos, eu tinha 16 anos, e quando ela me reencontrou, eu já era uma mulher”.

As duas migraram para os Estados Unidos em 1947, reconstruindo suas vidas em estados diferentes. Elas mantiveram contato frequente ao longo dos anos, mas a distância aumentou quando Helena, já idosa, foi morar com a filha no estado de Montana.

Apesar das dificuldades, as irmãs mostram orgulho por tudo que superaram. “Acredito que nossos pais estão nos protegendo”, disse Barbara. Para Helena, viver tanto tempo trouxe um sentimento de aceitação: “Quando você chega a certa idade, com dores em todo lugar, percebe que está na hora de ir”.

O reencontro final foi marcado por reflexões sobre o passado e pela gratidão pelo presente. “Nós sobrevivemos, de alguma forma”, concluiu Helena.

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