Militares avaliam Bolsonaro como “passageiro da agonia” após prisão de Braga Netto

Militares que atuaram no governo de Jair Bolsonaro (PL) e aqueles próximos aos indiciados na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado consideram que a situação do ex-presidente se tornou insustentável após a prisão do general Walter Braga Netto. Para eles, o ex-mandatário tem poucas opções restantes: uma possível anistia no Congresso ou uma pressão internacional, como a ajuda de figuras como Donald Trump, seriam as únicas formas de Bolsonaro tentar escapar das responsabilidades. “Não há muito o que ele possa fazer. Agora, é usar sua força política para tentar algo no Congresso ou pressão internacional, com ajuda de Trump”, afirmou um ex-integrante do governo ao blog.

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A visão entre aqueles que vivenciaram o cotidiano da gestão Bolsonaro é de que o ex-presidente se transformou em um “passageiro da agonia”. A expressão, que também é o título de um filme sobre um assaltante de banco, é usada para descrever a sensação de impotência e inação diante do cerco cada vez mais estreito em torno de Bolsonaro. Aliados do ex-presidente acreditam que a prisão de Braga Netto, um dos últimos generais a não ser indiciado, pode ser a peça-chave que vai desencadear um processo de delação entre outros militares envolvidos no esquema golpista.

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Com o cerco contra Bolsonaro se fechando, especula-se que o general Mario Fernandes, acusado de participar de um plano de assassinato de autoridades como Lula e Alckmin, pode ser o próximo a colaborar com as investigações. O ex-militar poderia fornecer informações valiosas sobre encontros com Bolsonaro e os planos golpistas. No entanto, seu advogado, Marcus Vinicius Figueiredo, nega qualquer possibilidade de delação premiada. Enquanto isso, o medo de que outros generais sejam pressionados a colaborar continua a crescer entre os envolvidos

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