Um sapo foi encontrado com a boca colada no bairro São Cristóvão, em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul.
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As imagens, obtidas pela CNN na quinta-feira (12), revelaram a gravidade do caso, que foi denunciado ao Ministério Público como uma ocorrência de maus-tratos.
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O animal foi encontrado por uma moradora em seu quintal e levado ao Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo (UPF). Ao chegar, o sapo apresentava sinais de desidratação, desnutrição e não conseguia se alimentar devido à cola que selava sua boca.
Segundo o Hospital Veterinário, o sapo passou por uma cirurgia delicada para a remoção da substância. Exames de imagem realizados durante o procedimento revelaram objetos estranhos no estômago do animal, incluindo cabelos e outros materiais, confirmando sinais de maus-tratos.
“A situação era crítica. O animal chegou em estado bastante debilitado e precisou de cuidados especiais”, afirmou a professora Michelli Ataíde, coordenadora do Grupo de Estudos de Animais Silvestres (Geas) da UPF. “Apesar da gravidade, a recuperação tem sido positiva. O sapo já está se alimentando e mostrando sinais de melhora.”
De acordo com o Ministério Público, o caso pode estar relacionado a rituais que utilizam sapos, prática já registrada em outras cidades, mas inédita em Passo Fundo. O promotor Paulo Cirne, responsável pela área ambiental, destacou que a prática constitui maus-tratos, um ato de crueldade passível de punição criminal.
“Se o animal não tivesse sido socorrido, ele não teria sobrevivido. Isso é uma forma de crueldade injustificável”, afirmou Cirne. O Ministério Público segue investigando para identificar e responsabilizar os envolvidos.
O episódio chama atenção para a necessidade de conscientização e combate aos maus-tratos contra animais, além de reforçar a importância de denúncias em casos semelhantes.
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