Consumo moderado de vinho pode reduzir risco de infarto em até 50%, aponta estudo

Um estudo publicado no European Heart Journal revelou que beber vinho moderadamente pode ser mais eficaz do que medicamentos como estatinas para reduzir o risco de infarto. Pesquisadores observaram uma redução de até 50% no risco de doenças cardiovasculares entre pessoas que consumiram entre 12 e 35 taças de vinho por mês, como parte de uma dieta mediterrânea.

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A pesquisa, conduzida pelo professor Ramon Estruch, da Universidade de Barcelona, utilizou análises químicas de biomarcadores em amostras de urina, além de questionários alimentares, para medir o consumo de vinho de forma mais precisa. “Ao medir o ácido tartárico na urina, conseguimos uma avaliação mais precisa do consumo de vinho”, explicou Estruch.

Durante o acompanhamento de quatro a cinco anos, 1.232 participantes em risco elevado de doenças cardiovasculares foram analisados. Entre eles, 685 casos de problemas cardíacos, incluindo infarto, AVC e mortes por doenças cardiovasculares, foram registrados.

A redução de risco foi maior para quem consumiu entre 12 e 35 taças mensais, enquanto o consumo entre três e 12 taças mensais resultou em uma redução de 38%. No entanto, o consumo acima desse limite não mostrou os mesmos benefícios. “Até agora, acreditávamos que 20% dos efeitos da dieta mediterrânea eram atribuídos ao consumo moderado de vinho. Com esses resultados, o impacto pode ser ainda maior”, destacou Estruch.

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Os pesquisadores alertaram que os resultados podem não ser aplicáveis a outras populações e destacaram que os benefícios são mais evidentes em pessoas acima dos 35 a 40 anos. “O consumo moderado para mulheres deve ser sempre a metade do recomendado para homens, e o vinho deve ser consumido durante as refeições”, complementou.

Especialistas, como o professor Paul Leeson, da Universidade de Oxford, reconheceram a importância do estudo, mas ressaltaram que outros fatores, como a dieta mediterrânea rica em peixes, frutas e vegetais, podem estar associados aos benefícios observados. “Talvez as vantagens de um copo de vinho só sejam percebidas quando consumidas ao lado de um prato de comida mediterrânea”, ponderou.

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