Em dezembro, o dólar alcançou níveis recordes, ultrapassando R$ 6,30, o que marcou um final amargo para o primeiro período do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A forte queda do real contrasta com bons indicadores econômicos, como o crescimento superior ao esperado e a redução do desemprego, além da aprovação da regulamentação da reforma tributária.
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Contudo, a desvalorização da moeda brasileira evidenciou a crise fiscal em curso, destacando a dificuldade do governo em equilibrar as contas públicas e controlar o aumento da dívida. Esse cenário tende a pressionar a inflação e manter os juros elevados, impactando a economia. Analistas afirmam que, com os fundamentos econômicos atuais, um dólar acima de R$ 6 não é justificado, atribuindo a queda do real à percepção de risco em relação à capacidade do governo de honrar suas dívidas no futuro.
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A oposição tem explorado essa situação, apontando a disparada da moeda como um reflexo da gestão fiscal do governo. A senadora Damares Alves, por exemplo, comparou o atual governo com o de Dilma Rousseff, afirmando que o país está caminhando para uma crise econômica. De acordo com economistas, o desafio fiscal não é recente, mas a gestão atual tomou decisões erradas que agravam ainda mais a situação.
A falta de um ajuste fiscal inicial e o anúncio tardio de um pacote de corte de gastos, combinado com a isenção de Imposto de Renda, geraram desconforto tanto no mercado quanto entre os especialistas. Em matéria do G1, a economista Claudia Moreno destaca que a demora nas ações de contenção aumentou os custos do ajuste fiscal, o que torna o cenário mais difícil para o governo. Além disso, o câmbio mais alto eleva a taxa de juros, pressionando a dívida pública e exigindo mais esforço para equilibrar as contas. Para o cientista político Creomar de Souza, o governo perdeu tempo e talvez seja tarde para reverter essa situação antes de 2025
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