Angelly Filho e Roger Sousa Brito estavam a poucos minutos de atravessar a ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), quando a estrutura desabou, na tarde de domingo (22). O acidente causou ao menos oito mortos e deixou nove desaparecidos. A Polícia Federal investiga o caso.
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Angelly, estudante de medicina, e Roger, empresário, viajavam com outro primo para Estreito, onde iriam jogar videogame. Quando se aproximaram da ponte, o fluxo de veículos pesados os fez parar no acostamento, o que acabou salvando suas vidas.
“Meu primo compartilhou que tinha visto uma notícia e informou a gente que a ponte tinha umas deformidades e rachaduras. Mas eram recorrentes essas falas em relação a ponte, nenhum de nós imaginávamos que o estado da ponte se encontrava tão crítico ao ponto de cair”, disse Angelly ao G1.
Roger, que atravessava a ponte quase diariamente, contou que o medo de passar foi o motivo para a parada. “Vi um enorme fluxo de caminhões, então eu fiquei com um pouco de medo de passar, e aí eu encostei no acostamento bem perto da ponte e fiquei esperando esse fluxo passar”, relatou.
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Quando o desabamento ocorreu, os primos viram a ponte rachar e cair. “A gente viu as rachaduras, o barulho enorme, que fez um estrondo e a gente desceu para a praia e viu a ponte caída, aquela fumaça toda. Foi um desespero”, explicou Roger.
Angelly, por sua vez, descreveu o momento de pânico: “Quando estava vendo o post [sobre os problemas da ponte], meu primo começou a gritar bem alto e repetidas vezes ‘Meu Deus, meu Deus, meu Deus’. E eu olhei pra frente e vi a ponte rachando na frente do nosso carro”.
Roger revelou que o desespero tomou conta de todos. “Eu fiquei muito desesperado porque se eu não tivesse parado o carro e tivesse ido, provavelmente eu teria ido junto e nem estaria mais aqui contando essa história”, declarou.
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