O ano de 2024 se encerra com clima de tensão em Brasília. O governo federal já antecipa um início de 2025 marcado por dificuldades econômicas, disputas no Congresso e investigações judiciais que prometem agitar o cenário político.
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Nos próximos meses, o governo enfrentará dois grandes desafios. O primeiro está relacionado à confiança dos agentes econômicos, que demonstram preocupação com uma possível escalada inflacionária e descontrole fiscal. Esse cenário pode impactar diretamente a trajetória do presidente Lula ou de seu sucessor na corrida pela Presidência em 2026. Paralelamente, a saúde do presidente, que passou recentemente por cirurgias, também gera incertezas quanto à condução do governo.
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No Congresso, as articulações para o controle das casas legislativas avançam. A disputa pela sucessão de Arthur Lira (Câmara dos Deputados) e Rodrigo Pacheco (Senado) já parece definida, com Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) como favoritos. Além disso, parlamentares buscam reagir à decisão do Supremo Tribunal Federal que restringiu emendas parlamentares, vista como um movimento alinhado ao Planalto. Essa questão deve pautar a relação entre os poderes nos próximos meses.
Enquanto isso, no Judiciário, o foco está nas investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A Polícia Federal apresentou indícios de que ele liderava uma organização criminosa durante seu mandato, envolvida em falsificação de cartões de vacinação, desvios de joias recebidas como presente de Estado e até uma tentativa de golpe. O Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, trabalha para finalizar a análise dos indícios, e uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal é esperada para fevereiro, quando o caso começará a tramitar formalmente.
O início de 2025 promete ser intenso, com disputas nos três poderes e pressões econômicas que exigirão respostas rápidas do governo e articulações políticas estratégicas para evitar desgastes ainda maiores
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