Milagre da ciência: bebê prematura que nasceu com 420 gramas deixa hospital após 7 meses

Liz, uma bebê que nasceu prematura com apenas 420 gramas, deixou o Hospital e Maternidade Santa Helena, em São Bernardo do Campo, São Paulo, após sete meses de internação. O caso de prematuridade extrema é o primeiro do tipo registrado na região do Grande ABC, segundo informações da instituição.

A saída da bebê foi celebrada com um corredor humano formado por profissionais de saúde. Durante a comemoração, houve uma apresentação musical dedicada à criança, decoração com balões e flores, além de um discurso dos pais agradecendo à equipe.

“Só consigo sentir felicidade e gratidão. É tanto amor que não consigo descrever em palavras. Agora é permanecer com os cuidados para que ela continue evoluindo. Hoje foi a primeira vez que ela viu a luz do Sol. Tem tantas coisas lindas para ela conhecer”, disse Karine Cristina Rodrigues Ribeiro da Silva, mãe de Liz.

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Welington José da Silva, pai da criança, destacou o apoio recebido nos momentos difíceis. “Quem é pai e mãe sabe quando alguém cuida e ama o nosso filho. É algo maravilhoso. Nós vimos todo o carinho e amor que vocês tiveram com a Liz, e isso não tem preço. Se eu pudesse, daria o mundo para vocês”, afirmou.

Liz nasceu com 26 semanas de gestação e passou por um período de quatro meses entubada na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Durante a internação, a criança recebeu cuidados de uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e fonoaudiólogos.

“O caso dela foi um desafio muito grande. Nunca havia nascido um bebê com esse peso aqui, foi a primeira vez. Todos se envolveram e acreditaram até o fim, principalmente por conta do amor e da fé da Karine, que foram inabaláveis”, declarou a neonatologista Élidi Ayache Scordamaglio.

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A alta hospitalar não encerra os cuidados com Liz. Em casa, ela seguirá com assistência do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) de Santo André. A alimentação da bebê é feita parcialmente por via oral e com o apoio de uma sonda, e ela ainda depende de um ventilador mecânico.

De acordo com os especialistas, o desenvolvimento de Liz será monitorado para identificar possíveis sequelas, comuns em casos de prematuridade extrema. “Conforme ela for crescendo e se desenvolvendo, ela vai evoluindo clinicamente. Nesse começo, faremos um acompanhamento criterioso, com avaliação de diversos especialistas”, explicou a médica.

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