O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém o apoio sólido de boa parte das camadas mais pobres da população, especialmente aquelas com renda familiar de até dois salários mínimos. Segundo André Singer, cientista político e professor titular da USP, essa base continua representando o “lulismo”, fenômeno que descreve a conexão direta entre Lula e os setores mais vulneráveis da sociedade, para além das estruturas formais do Partido dos Trabalhadores (PT).
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No entanto, a insatisfação começa a surgir entre uma parcela específica da nova classe trabalhadora, formada por profissionais que transitam entre empregos informais e pequenos negócios. Esse descontentamento, de acordo com Singer, reflete transformações estruturais do capitalismo recente, como o aumento do custo de vida, a precarização do trabalho e as mudanças no mercado global. “O PT enfrenta dificuldades em dialogar com uma classe trabalhadora que hoje é estruturalmente desorganizada”, afirma o especialista.
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A recente polêmica envolvendo o Pix, com rumores de tributação e monitoramento excessivo, exemplifica os desafios enfrentados pelo governo nesse cenário. Singer avalia que a crise revela a crescente importância do trabalho informal e do empreendedorismo de subsistência no Brasil atual. Para ele, o episódio destaca como o governo precisa ajustar sua abordagem para lidar com essas novas dinâmicas, enquanto ainda busca manter o apoio das bases históricas do lulismo
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