Jovem capinador de lotes e filho de faxineira é aprovado em medicina

João Vitor Santos de Souza, de 23 anos, conquistou uma vaga no curso de medicina da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) após anos de dedicação e sacrifícios. Ele conciliou estudos noturnos com trabalhos como roçador de lotes, estoquista, pintor, feirante e garçom para ajudar a família e custear seus sonhos.

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“Eu estudava de madrugada, atravessava a cidade de bicicleta e por isso chegava cansado no trabalho. Acho que por conta disso não tinha um bom desempenho”, contou João Vitor, que não teve condições de fazer cursinho e estudou sozinho durante seis anos.

Filho de uma faxineira e de um cuidador de idosos, João Vitor sempre ajudou em casa. Ele aproveitava materiais de estudo doados por amigos e até encontrou um livro de Física em um terminal de ônibus, que foi fundamental para sua preparação. “Fazia as refeições rapidamente para ter mais tempo para estudar. Também dormia pouco para ganhar umas horinhas a mais com os livros”, relatou ao Correio do Estado.

Uma coincidência marcou sua trajetória: semanas antes de ser aprovado, ele trabalhou como garçom em uma festa de formatura de medicina. “Desde a adolescência, queria ser médico. Agora, vou conseguir”, disse.

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João Vitor também utilizou uma plataforma online de estudos, que custava cerca de R$ 35 por mês, e contou com o apoio da namorada, estudante de Direito na UFMS. “Minha meta era estudar pelo menos cinco horas por dia. Mas, na prática, estudava de duas a três horas”, explicou.

Apaixonado por leitura, ele atribui parte de seu sucesso à redação, na qual obteve nota 800. A mãe, Meire Santos, não esconde o orgulho. “Não é comigo que você deve falar, o mérito é todo dele”, afirmou.

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