César Diego Justino voltou ao Brasil na última sexta-feira (07), após ser deportado dos Estados Unidos. O corretor de imóveis passou quatro meses detido no país antes de ser enviado de volta. Ao desembarcar, beijou o chão e falou sobre as dificuldades que enfrentou durante a tentativa de permanecer nos EUA.
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Natural de Goiás, ele relatou que deixou a família no Brasil para buscar melhores condições de vida. “As coisas estão difíceis. Eu fui para tentar conquistar a vida aqui no Brasil, comprar as nossas casas, dar uma vida melhor para os nossos filhos. Minha esposa estava aqui, deixei eles aqui em Goiás. Então, foi muito difícil”, disse ao g1.
César chegou aos Estados Unidos em outubro do ano passado, atravessando a fronteira pelo México. Ele se entregou às autoridades e tentou regularizar sua permanência, mas não conseguiu avançar no processo devido a restrições para pedidos de asilo. “Eu fiquei quatro meses e cinco dias detido. Me deram uma fiança de US$ 5 mil para eu poder ficar, mas eu não consegui pagar no prazo. Como não paguei, o juiz decidiu me deportar”, explicou.
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De volta ao Brasil, ele pretende retomar a carreira de corretor de imóveis e fez um alerta para quem pensa em entrar ilegalmente nos EUA. “Se tiver de ir, vá pela porta da frente. Consiga um visto. E vamos andar certo. Não vamos passar pelo México, é muito perigoso”, afirmou.
O goiano descreveu a experiência como um dos momentos mais difíceis de sua vida. “Passa fome, passa frio. Pensa, se a gente está sozinho em um país distante. Sozinho. É muito triste. Muito triste mesmo”, desabafou.
César Justino foi um dos 111 brasileiros deportados no segundo voo organizado pelos Estados Unidos desde o início do novo mandato de Donald Trump.
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