Uma adolescente de 19 anos, Ano, recebeu um vídeo no TikTok enviado por uma amiga. O vídeo mostrava Amy, uma jovem que parecia idêntica a ela. Curiosa, ela compartilhou o conteúdo em um grupo do WhatsApp, buscando mais informações sobre a identidade da garota. Até que alguém reconheceu a menina, chamada Amy.
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Sete anos antes, Amy já havia notado uma competidora parecida com ela no programa “Georgia’s Got Talent”, mas sua mãe apenas comentou que “todo mundo tem um sósia”. Quando as duas começaram a conversar pelas redes sociais, descobriram não apenas semelhanças físicas, mas também que compartilhavam um distúrbio genético chamado displasia. A coincidência levantou suspeitas de que poderiam ser gêmeas.
No primeiro encontro presencial, a semelhança foi confirmada. “Ver Ano pela primeira vez foi como olhar no espelho”, disse Amy à BBC. As famílias adotivas das duas revelaram que pagaram para adotar bebês em um hospital local, mas não foram informadas de que as meninas eram gêmeas. Além disso, descobriram que o processo de adoção envolvia irregularidades.
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A investigação sobre o passado das jovens revelou que sua mãe biológica, Aza, foi informada de que seus bebês haviam morrido logo após o nascimento. A mulher entrou em coma após o parto e, ao acordar, recebeu a notícia do falecimento das crianças. Anos depois, as gêmeas descobriram que foram vítimas de um esquema de tráfico que operou na Geórgia por décadas.
Segundo a jornalista Tamuna Museridze, o tráfico de bebês na Geórgia foi “sistêmico” entre as décadas de 1950 e 2005, com estimativas de até 100 mil crianças roubadas. Somente em 2006 e 2007, mudanças na legislação começaram a combater as adoções ilegais.
A história de Ano e Amy expõe não apenas um caso de reencontro improvável, mas também um capítulo sombrio da história da Geórgia. Enquanto as gêmeas buscam reconstruir suas vidas, sua jornada se torna um testemunho da resiliência humana e do poder das redes sociais em revelar verdades ocultas.
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