O relatório da Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre Alexandre de Moraes pode resultar em uma reação mais dura dos Estados Unidos contra o governo Lula. Se o documento apontar irregularidades nas decisões do ministro do STF, Donald Trump provavelmente endurecerá sua postura e adotará medidas que afetem a economia brasileira, além da taxação do aço já anunciada.
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Pelo menos dois assessores próximos de Trump acreditam que há uma “ditadura” no Brasil, controlada por Moraes e o Palácio do Planalto, com o objetivo de “perseguir opositores” e “censurar” redes sociais. Um desses conselheiros é Elon Musk, que apoia abertamente o impeachment de Lula. O outro é Jason Miller, estrategista da campanha eleitoral de Trump, que foi detido em Brasília em 2021 por ordem de Moraes no contexto do inquérito dos atos antidemocráticos.
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Trump, aliado de Bolsonaro, não esconde seu desejo de adotar uma postura mais agressiva contra Lula. Um relatório forte da OEA daria a Trump a justificativa necessária para aumentar as restrições ao Brasil.
Ainda não é possível prever o tom do relatório sobre Moraes, mas há três fatores que indicam que o documento será contundente. O primeiro é que os Estados Unidos são os principais financiadores da OEA, com um aporte de 50 milhões de dólares, metade do que os outros 33 países do bloco contribuem.
Caso o relatório da OEA não corresponda à visão dos Estados Unidos sobre o Brasil, Trump poderia cortar o financiamento à organização, como fez anteriormente com a USaid e outras ONGs. A OEA já enfrentou o impacto dessa postura.
Além disso, o relator da OEA, Pedro Vaca Villarreal, afirmou que as acusações contra Moraes são “impressionantes”. O ex-presidente brasileiro, após se reunir com a OEA, afirmou que Vaca garantiu que o relatório seria “sincero” sobre a situação no Brasil.
Embora Trump não tenha o mesmo ressentimento por Lula que Elon Musk tem por Moraes, ele tem razões pessoais para manter distância do governo brasileiro. Em novembro, assessores de Trump receberam um relatório de uma declaração de Lula à TV francesa, em que insinuava que a vitória de Trump nos EUA traria a “volta do nazismo e fascismo”.
Na mesma época, a primeira-dama Janja fez um gesto de desdém a Elon Musk durante um evento do G-20, quando já era sabido que Musk teria um papel importante no governo dos EUA. Além disso, em uma entrevista, Lula criticou Trump, mencionando o ataque ao Capitólio e a ascensão de ideologias fascistas, expressando apoio a Kamala Harris nas eleições
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