A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que ele não planeja fugir do país ou pedir asilo caso seja condenado no processo no qual é acusado de ser líder de uma tentativa de golpe de Estado em 2022. De acordo com seus advogados, Bolsonaro “jamais se furtará aos desdobramentos do processo” e mantém a convicção de que será declarado inocente.
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Os criminalistas Paulo Amador da Cunha Bueno e Celso Vilardi, que defendem o ex-presidente, reconhecem a complexidade do caso, mas têm confiança na absolvição. A acusação, formulada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em um documento de 272 páginas, descreve Bolsonaro como líder de um esquema para tomar o poder à força com a ajuda de uma organização criminosa armada. O ex-presidente é acusado de promover um “projeto autoritário de poder” com apoio de setores militares.
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A denúncia detalha uma série de eventos que, segundo a PGR, culminaram na tentativa de golpe e nos atos de vandalismo de 8 de janeiro de 2023. A acusação traça uma linha do tempo, começando com o discurso de ruptura institucional de Bolsonaro em 2021 e culminando na invasão das sedes dos Três Poderes.
Em resposta, a defesa de Bolsonaro afirma que o clima de insatisfação após as eleições de 2022 não levou o ex-presidente a cogitar qualquer ação ilegal. Eles negam que Bolsonaro tenha planejado um golpe e argumentam que, se esse fosse o caso, ele teria tomado medidas diferentes, como substituir comandantes das Forças Armadas que não apoiassem seus planos.
A denúncia será agora analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que decidirá se há provas suficientes para abrir uma ação penal contra Bolsonaro e seus aliados. O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes
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