Na manhã da última terça-feira (25), uma cena trágica foi encontrada na Praia do Itararé, em São Vicente, no litoral de São Paulo. Dezenas de raias, da espécie ticonha (Rhinoptera bonasus e R. brasilienses), foram encontradas mortas.
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De acordo com a Universidade Estadual Paulista (Unesp), os animais provavelmente foram capturados pela pesca de arrasto de praia e depois abandonados, pois não possuem valor comercial.
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A pesca de arrasto é um método que utiliza grandes redes rebocadas pelo fundo do mar, capturando tudo que cai na rede. Esse método pode ser devastador para a vida marinha, pois não diferencia entre espécies comerciais e não comerciais, causando grande impacto nos ecossistemas marinhos.
As raias-ticonha são difíceis de se encontrar na superfície, pois se alimentam de animais que ficam enterrados na areia. Elas têm o hábito de se alimentar no fundo, o que as torna vulneráveis à pesca de arrasto. Além disso, a Rhinoptera bonasus é classificada como vulnerável para o Brasil.
As raias-ticonha possuem ferrões que podem causar dor e ferimentos leves. É importante ter cuidado ao lidar com esses animais, mesmo que mortos.
A Prefeitura de São Vicente informou que solicitou apoio do Instituto Gremar para contar e identificar os animais encontrados na praia. A Secretaria de Meio Ambiente (Semam) iniciou o processo de investigação e apuração das possíveis causas e justificativas para o incidente.
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