Uma mulher de 30 anos retornou da uma viagem de três semanas pela Tailândia, Japão e Havaí com sintomas inesperados que mudariam sua vida por um período. Ela começou a sentir dor de cabeça e disestesia, uma condição neurológica caracterizada por sensações anormais e desagradáveis na pele. Os sintomas começaram com uma sensação de queimação nos pés, que rapidamente se espalhou para as pernas e piorou com o toque.
++Equipe médica é condenada a pagar R$ 50 mil por esquecer pinça na coluna de paciente
Incialmente, a paciente pensou que esses sintomas fossem resultado do jet lag, um distúrbio temporário do sono causado por viagens que atravessam vários fusos horários. No entanto, os sintomas persistiram e se agravaram, levando-a a procurar atendimento médico.
++Erro em mutirão de catarata com troca de soro deixa pacientes cegos em SP
Os exames laboratoriais iniciais não mostraram nada anormal, apenas uma eosinofilia leve, que é um aumento nos níveis de eosinófilos, células do sistema imunológico. A paciente foi tratada com ibuprofeno, mas os sintomas não melhoraram. Foi apenas quando ela retornou ao hospital com confusão mental que os médicos descobriram o verdadeiro problema: um parasita no cérebro.
A paciente foi diagnosticada com meningite eosinofílica, uma condição rara causada pelo parasita Angiostrongylus cantonensis. Esse parasita é comum em regiões onde a paciente viajou e pode ser adquirido por meio da ingestão de alimentos crus, como sushi e salada, contaminados com caracóis ou lesmas infectados.
A paciente foi hospitalizada por seis dias e recebeu tratamento com anti-inflamatórios e medicamentos para diminuir a inflamação do sistema nervoso. Depois de receber alta, ela pôde recuperar-se completamente.
Esse caso destaca a importância de considerar a história de viagem de um paciente ao avaliar seus sintomas. Além disso, é fundamental ter cuidado com a comida que se come, especialmente em regiões onde os parasitas são comuns. A consciência sobre as doenças transmitidas por alimentos pode ser um grande aliado na prevenção de casos como esse.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, no Twitter e também no Instagram para mais notícias do 111Next.