Cinthya Cristina, criadora de conteúdo de Cambé (PR), e seu filho Miguel, de 7 anos, recebem ameaças e xingamentos diários nas redes sociais. O caso ocorre porque a mãe compartilha sua rotina com os filhos gêmeos, incluindo o pequeno que é um menino trans. Segundo ela, páginas tendenciosas fazem publicações com discurso de ódio e calúnia.
“Me culpam, me condenam ao inferno, dizem que vão acionar o conselho tutelar, derrubam minha conta nas redes sociais, denunciam, me prejudicam de todas as maneiras”, relata em entrevista exclusiva a CRESCER.
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Cinthya conta que, além dos ataques virtuais, enfrenta dificuldades financeiras e sociais. “Não consigo tirar renda da internet porque empresas deixam de fechar parcerias, alegando ser um tema ‘delicado'”, desabafa.
Mãe de dois pares de gêmeos, ela explica que Miguel sempre demonstrou incômodo com características femininas e que a situação impactava sua saúde. “Ele aparecia dizendo que queria arrancar o cabelo”, lembra. Episódios de dores na barriga e recusa alimentar levaram a uma busca por acompanhamento psicológico.
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A transição de Miguel começou com o corte de cabelo, marcando uma mudança significativa no seu bem-estar. “Vi um sorriso voltar, um brilho que jamais tínhamos visto em seus olhos”, conta a mãe. No convívio familiar e escolar, ele é respeitado, mas enfrenta resistência na família paterna. Apesar dos desafios, Cinthya segue compartilhando sua experiência para conscientizar outras famílias.
“Escolhi acolher, amar, mudar. O Miguel me transforma em alguém melhor para ele e para os irmãos”, afirma. “Ame seus filhos, independentemente de qualquer situação, evolua junto a eles”, aconselha.
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