Krystena Murray entrou com um processo na última terça-feira (04), contra a clínica de fertilidade Coastal Fertility Specialists, nos Estados Unidos, alegando que teve um embrião errado implantado durante um procedimento de fertilização in vitro em 2023. Ela descobriu o erro apenas ao dar à luz, em dezembro do mesmo ano, e precisou entregar a criança aos pais biológicos cinco meses depois.
O processo, aberto no tribunal estadual da Geórgia, afirma que Murray “inconscientemente e involuntariamente carregou uma criança que não era biologicamente relacionada a ela”. A mulher, que mora em Savannah e trabalha como fotógrafa de casamentos, optou pelo procedimento com um doador de esperma que compartilhava traços semelhantes aos seus — branco, de cabelos loiros e olhos azuis.
Quando o bebê nasceu, Murray percebeu imediatamente que havia algo errado. “O nascimento do meu filho deveria ser o momento mais feliz da minha vida e, honestamente, foi. Mas também foi o momento mais assustador da minha vida”, afirmou. “Todo o amor e alegria que senti ao vê-lo pela primeira vez foram imediatamente substituídos por medo. Como isso pôde acontecer?”, questiona.
Mesmo após os exames de DNA confirmarem que o bebê não era seu, Murray manteve o vínculo emocional com a criança. “Eu esperava que fosse apenas uma confusão de esperma, não uma confusão de embrião”, disse à NBC News. Ao ser informada sobre o erro, a clínica identificou e contatou os pais biológicos, que confirmaram a parentalidade por meio de um teste de DNA próprio e buscaram a custódia judicialmente.
Murray entregou o bebê aos pais biológicos em um dia que descreveu como “traumático”. “Saí do prédio com um carrinho de bebê vazio, e eles foram embora com meu filho. Eu o criei, eu o amei. Eu o via como se fosse meu, meu próprio embrião genético”, relatou.
O advogado de Murray, Adam Wolf, declarou que sua cliente não obteve respostas sobre o paradeiro de seus embriões. “Não sabemos, no momento, a situação atual dos embriões dela”, afirmou. Ele classificou o erro como “o pecado capital das clínicas de fertilidade” e disse que “isso nunca deveria acontecer”.
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O processo acusa a clínica e o diretor do laboratório de embriologia, Dr. Jeffrey Gray, de negligência, entre outras infrações, e busca indenização. Especialistas apontam que não há regulamentação federal nos Estados Unidos para evitar esse tipo de erro ou para garantir um recurso legal padronizado para os afetados.
Murray destacou que sempre considerará a criança como seu filho. “Passei a vida inteira querendo ser mãe. Eu amei, alimentei e criei meu filho, e eu teria feito literalmente qualquer coisa em meu poder para mantê-lo”, finalizou.
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