Maicol Antonio Sales dos Santos, suspeito da morte de Vitória Regina de Sousa, afirma ter sido coagido a confessar o crime. Segundo a defesa, a suposta coação ocorreu após a saída dos advogados da delegacia, por volta das 20h30.
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O suspeito alega ter sido levado a um “banheiro sujo” dentro da delegacia, onde teria sido pressionado e ameaçado de envolvimento de sua mãe e esposa no caso. Os advogados negam que ele tenha confessado e questionam a legalidade dos procedimentos policiais.
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Em nota, a defesa afirma que qualquer declaração atribuída a Maicol sem a presença de seus advogados é ilegal. Os advogados ressaltam que “não houve confissão de autoria ou participação” e que declarações feitas sem a presença da defesa “ofendem a legislação processual”.
Defesa questiona procedimentos
Os advogados também apontam falhas na condução do interrogatório, incluindo a falta de comunicação com a defesa e a solicitação de um exame psiquiátrico sem autorização judicial. Eles citam o artigo 149, parágrafo 1º, do Código de Processo Penal (CPP), que exige ordem judicial para esse tipo de exame.
A defesa considera prematuro discutir uma confissão, argumentando que Maicol ainda é investigado e não formalmente acusado. Segundo os advogados, qualquer contestação sobre uma eventual confissão deve ocorrer no momento processual adequado.
A CNN procurou a Polícia Civil de São Paulo para comentar as alegações de coação e os questionamentos da defesa sobre a condução das investigações, mas não obteve resposta até o momento. O espaço segue aberto.
Caso Vitória Regina
Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, desapareceu em fevereiro deste ano em Cajamar, na Grande São Paulo. O corpo foi encontrado uma semana depois com sinais de violência. Maicol Antonio Sales dos Santos está preso desde 8 de março e é apontado como autor do crime
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