Mais de US$ 5 trilhões em perdas: fala de Trump amplia queda nos mercados globais

A declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre os impactos econômicos das tarifas comerciais contribuiu para um novo dia de forte queda nos mercados globais nesta segunda-feira (7). “Esqueçam os mercados por um segundo”, disse Trump na noite de domingo (6), indicando que manterá a política tarifária mesmo diante da instabilidade financeira.

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O comentário foi feito a bordo do Air Force One, em meio à expectativa de investidores por sinais de moderação. Trump afirmou que não fará concessões nas tarifas enquanto os países não eliminarem seus déficits comerciais com os EUA. “Às vezes é preciso tomar remédio para consertar alguma coisa”, declarou.

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No sábado (5), entraram em vigor tarifas adicionais de 10% sobre todas as importações. Um novo pacote, com alíquotas de até 50% sobre produtos de cerca de 60 países, está previsto para entrar em vigor na quarta-feira (9).

As declarações aumentaram a tensão entre investidores, que já demonstravam preocupação com uma possível recessão global. Trump também afirmou que só aceitará um acordo com a China se o déficit comercial for solucionado e acrescentou que líderes europeus e asiáticos demonstraram interesse em negociar.

No mercado financeiro, os reflexos foram imediatos. Os índices futuros dos Estados Unidos registravam queda no pré-mercado: o Dow Jones recuava 3,17%, o S&P 500 caía 3,30% e o Nasdaq, 3,65%. Desde o anúncio das tarifas, o S&P 500 já acumula perdas de 10,5%, com redução de aproximadamente US$ 5 trilhões em valor de mercado.

Na Ásia, os principais índices também fecharam em queda. O Hang Seng, de Hong Kong, caiu 13,22%; o Shanghai SE, 7,34%; e o Nikkei, do Japão, 7,83%. Investidores aumentaram a busca por ativos considerados mais seguros.

O impacto se estendeu às commodities: o petróleo WTI caiu 3,57%, a US$ 59,78, enquanto o Brent recuou 3,42%, a US$ 63,34. O minério de ferro na China caiu 3,29%, cotado a 720 iuanes (US$ 98,88). O Bitcoin chegou a recuar 10%, e o ETF brasileiro EWZ operava com queda superior a 4%.

Apesar da pressão dos mercados, a equipe econômica de Trump reiterou a continuidade da política tarifária. “As tarifas vão continuar, independentemente do que os mercados fizerem”, disse o secretário de Comércio, Howard Lutnick. Já o secretário do Tesouro, Scott Bessent, declarou que não há sinais de recessão

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