Tayla Clement, de 26 anos, nasceu com a síndrome de Moebius, uma condição rara que a impede de sorrir e a torna incapaz de expressar emoções com o rosto. Apesar dos desafios impostos pela doença, ela afirma ser grata por sua condição, pois acredita que foi fundamental para sua jornada de autodescoberta e superação.
A síndrome de Moebius afeta uma criança a cada 50.000 a 500.000 nascimentos, causando paralisia facial, dificuldades na fala e nos movimentos oculares. Para Clement, isso significou não apenas a impossibilidade de sorrir, mas também uma infância marcada pelo bullying e pela exclusão social. “A síndrome afeta meu sexto e sétimo nervos cranianos, então é essencialmente como paralisia facial”, explicou à Fox News Digital.
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Durante sua infância, Clement enfrentou muitas dificuldades. “Eu sofri muito bullying. Desde que me lembro, as pessoas diziam que eu era feia ou inútil”, afirmou. Na tentativa de corrigir sua condição, ela passou por uma cirurgia invasiva quando tinha 11 anos, mas o procedimento não teve sucesso, deixando-a com cicatrizes e uma sensação de fracasso. “Foi um momento horrível para mim. Mas, olhando para trás agora, não poderia estar mais grata pelo fracasso da cirurgia. Acho que tudo deveria ter acontecido assim”, disse.
As dificuldades não pararam por aí. A saúde mental de Clement foi gravemente afetada, e ela foi diagnosticada com depressão clínica extrema, ansiedade e transtorno de estresse pós-traumático. No entanto, a terapia intensiva e sua determinação de seguir em frente a ajudaram a superar os desafios. “Eu simplesmente escolhi acreditar em mim mesma — e que eu estava destinada a algo maior”, contou.
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Em 2023, ela encontrou seu propósito no esporte. Clement, que sempre foi apaixonada por rúgbi, começou a criar conteúdo sobre o esporte e recebeu a oportunidade de entrevistar grandes jogadores, incluindo Beauden Barrett, duas vezes Jogador do Ano do World Rugby.
Hoje, ela usa sua plataforma para promover a inclusão no esporte e para inspirar outros a superarem suas dificuldades. “Nascer com a síndrome de Moebius me deu a oportunidade de usar minha voz e me orgulhar das minhas diferenças e foi meu maior presente. Hoje, usar minha história e minha voz para defender os outros e tornar o cenário esportivo mais inclusivo me deixa muito feliz. E estou apenas começando”, afirmou.
Além disso, Clement compartilha sua jornada de superação com outras pessoas que enfrentam desafios semelhantes aos dela. “Eu realmente precisava de alguém como eu sou hoje quando era mais jovem. Estar presente para os outros agora é um momento de ciclo completo”, declarou.
Apesar de não poder sorrir da maneira tradicional, Clement acredita que todos têm sua própria versão de sorriso. “Eu apenas sorrio do meu jeito”, concluiu, reforçando que, para ela, a verdadeira felicidade está em abraçar as diferenças e ser grato pela vida.
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