Após perder filha por doença rara, pai corre contra o tempo para salvar outro filho: “Lutando”

Depois de perder a filha mais nova por conta de uma doença rara, uma família de Nepomuceno, no Sul de Minas, iniciou uma mobilização na internet para salvar o filho Enzo Veiga Guimarães, de 4 anos. O menino foi diagnosticado com deficiência purina-nucleosídeo fosforilase, uma imunodeficiência cujo único tratamento possível é o transplante de medula óssea.

A campanha ganhou força nas redes sociais e na imprensa, com o apoio de personalidades como o ator Selton Mello. Um mês após o início da mobilização, a família recebeu a notícia de que dois doadores 100% compatíveis haviam sido encontrados.

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“Surgiram dois possíveis doadores compatíveis com ele 100% e a gente agora está fazendo um procedimento dos exames e a avaliação dele vai ser dia 28 para o transplante”, afirmou Marcelo Veiga, pai de Enzo, ao G1.

A confirmação foi comemorada com emoção pelos parentes, que acompanham o processo de perto. “Foi muita alegria, muita mesmo. Foi choro, alegria, porque só Deus sabe o tanto que a gente estava lutando para isso, para poder encontrar essa cura dele, é através desse transplante. Então, eu sinceramente, eu não sei nem demonstrar”, disse a professora Cláudia Zacaroni.

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A repercussão da campanha também provocou impacto no sistema de saúde local. Em Lavras, cidade próxima a Nepomuceno, o Posto Avançado de Coleta Externa (Pace), vinculado à Fundação Hemominas, precisou suspender temporariamente o cadastro de doadores. O número de interessados foi tão alto que a cota da região se esgotou.

“O Hemominas regionaliza as cotas dos cadastros de medula para haver uma maior variabilidade genética para pessoa ter mais chance de achar alguém compatível e devido à campanha do Enzo, que numa sexta-feira foram 120 pessoas ou uma média de 30 por coleta, a cota da região de Lavras se esgotou”, explicou Luiz Gustavo Pereira, responsável pelo Pace.

Apesar da suspensão local, o cadastro segue aberto em outras cidades e estados. “Esgotou aqui, mas continua sendo feito em outros postos de coleta, outros núcleos”, reforçou Pereira. “É um trabalho muito importante porque a chance de conseguir alguém compatível é muito pequena. Em termos de Brasil é uma em 100 mil, em termos do mundo é uma em um milhão. Então a pessoa deve procurar se cadastrar, independente se está em Lavras, em Neopomuceno, no Rio de Janeiro. Esse cadastro é mundial e serve para ajudar pessoas do mundo inteiro”, declarou.

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