Em 2017, um presente inusitado chegou às mãos do Papa Francisco: um Lamborghini Huracán branco com detalhes dourados, fabricado especialmente pela renomada montadora italiana. Para muitos, símbolo de ostentação. Para ele, uma oportunidade de compaixão.
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Ao receber o veículo, o pontífice seguiu a tradição e o abençoou. No entanto, em vez de guardá-lo ou utilizá-lo, tomou uma decisão emblemática: o carro foi leiloado por cerca de 715 mil euros — aproximadamente 4,5 milhões de reais na cotação da época — e todo o valor arrecadado foi destinado a projetos humanitários.
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O gesto sintetiza a essência do Papa Francisco, que nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, se despede do mundo terreno. Sua morte deixa um profundo vazio entre fiéis e admiradores, mas seu legado de simplicidade, solidariedade e empatia seguirá vivo por gerações.
Desde o início de seu pontificado, Francisco se destacou por sua postura humilde e por estar ao lado dos mais vulneráveis. Recusou luxos, optou por residências simples e constantemente reforçou a importância de uma Igreja voltada aos pobres e excluídos.
Até mesmo um carro de luxo, sob sua liderança, foi ressignificado — de símbolo de status a instrumento de amor ao próximo. Um gesto que permanece como símbolo de sua missão: servir.
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