A paranaense Elenir Tonon, de 69 anos, realizou um sonho antigo ao conquistar o diploma de Medicina aos 65 anos. Enfermeira aposentada pela Prefeitura de Curitiba, ela decidiu iniciar uma nova graduação aos 60 anos, enfrentando os desafios de retomar a vida acadêmica, mudar de cidade e estudar em outro idioma.
Natural de Curitiba e de origem humilde, Elenir conta que desde criança sonhava em ser médica. Após concluir a formação em Enfermagem, ainda jovem, precisou adiar o desejo inicial, mas nunca perdeu a motivação. “Eu falava para os meus pais que queria ser médica. Quando me formei como enfermeira, me senti muito realizada e acreditei que um dia seria possível”, relembrou em entrevista ao G1.
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A decisão de recomeçar veio em 2012, após a morte do marido. Sozinha, ela viajou por vários países e, ao retornar, sentiu-se vazia. Em uma conversa nas redes sociais com uma amiga que cursava Medicina no Paraguai, decidiu investir no antigo sonho. Pouco tempo depois, Elenir estava matriculada em uma universidade paraguaia e iniciou o curso, mesmo sem dominar o espanhol.
Para se dedicar aos estudos, ela se mudou para Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, e passou a dividir a rotina acadêmica com os desafios da adaptação cultural e linguística. “No começo foi difícil, mas recebi muito apoio dos amigos que fiz na universidade”, afirmou.
Durante o curso, ela afirma que não sofreu preconceito pela diferença de idade. Pelo contrário, era respeitada pelos colegas mais jovens, que valorizavam sua experiência. “Trocávamos ideias, e fui sempre muito bem recebida”, contou.
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Após concluir a graduação, ingressou no Programa Mais Médicos e atuou por três anos e meio no município de Várzea Nova, no interior da Bahia. Recentemente, retornou para Curitiba para ficar mais próxima dos três filhos e dos netos. Ela disse que não pretende se afastar da profissão e que planeja continuar atuando na área de saúde, agora mais perto da família.
Mesmo com os desafios, Elenir afirmou que nunca pensou em desistir e reforça que a idade não deve ser vista como um limite. “Vou continuar me dedicando e lutando para novas conquistas”, concluiu.
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