“Deus me chama”: menino de 11 anos pressente a própria morte, conta irmã

Ana Carolina Ribeiro Baptistini, auxiliar de enfermagem de 23 anos, usou as redes sociais para compartilhar os sinais que, segundo ela, indicavam que seu irmão Guilherme, de apenas 11 anos, pressentia que iria morrer. O menino faleceu enquanto dormia, no dia 11 de março de 2018. De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML), a causa da morte foi registrada como “morte natural”.

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“Ele sempre falava ‘eu te amo’, mas, nas últimas semanas, o uso dessa frase aumentou muito”, disse Ana em um vídeo no TikTok, acompanhado de fotos de momentos com o irmão. “Ele também fazia perguntas como: ‘Como é o céu?’ e ‘Será que vamos encontrar os personagens da Bíblia lá?’”, acrescentou.

Na noite anterior à morte, Guilherme estava bem, segundo a família. “Ele era saudável, tinha bronquite, mas fazia um ano que não apresentava mais nada”, afirmou o pai, Luciano Baptistini, 50, sargento da polícia militar de São Paulo, à Crescer. Na manhã de 11 de março, a mãe, Cláudia, 49, tentou acordá-lo para ir à igreja, mas percebeu que algo estava errado. “Coloquei o calçado nele e peguei-o pelas mãos, mas ele esmoreceu. Deus falou para mim: ‘Está comigo’”, relembrou.

Luciano tentou socorrê-lo levando-o a um posto de saúde próximo, onde os médicos realizaram reanimação por mais de duas horas, sem sucesso. “Não pensei em nenhum momento que ele estava morto”, declarou o pai.

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Segundo Ana, os últimos meses de vida de Guilherme foram marcados por gestos e falas incomuns. Ele pediu para doar todas as suas roupas na véspera de sua morte e, em uma conversa familiar sobre batismo no início de 2018, afirmou: “Não se preocupa, esse ano Deus me chama”.

A jovem relatou que os dois eram muito próximos, apesar da diferença de cinco anos. “Ele me protegia de muita coisa mesmo sendo mais novo. Não perdi só meu irmão, perdi um amigo”, disse.

O laudo do IML confirmou que Guilherme morreu de causas naturais, sem qualquer doença ou problema identificado. “O legista que entregou os papéis disse à minha mãe: ‘Seu filho era um anjo’. Ele simplesmente dormiu e não acordou”, declarou Ana.

Desde a publicação do vídeo, Ana recebeu diversas mensagens de apoio e relatos de outras pessoas que passaram por perdas semelhantes. “Enquanto eu viver, ele será lembrado. Ele será a melhor parte de mim”, afirmou.

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