A brasileira Aline Pereira Ghammachi foi afastada do cargo de madre-abadessa do Mosteiro San Giacomo di Veglia, na Itália, após uma denúncia anônima enviada ao Vaticano. A carta acusava a religiosa de maus-tratos, manipulação e ocultação de informações financeiras. Desde sua saída, 11 das 22 freiras que viviam no local também deixaram o convento.
Natural do Amapá e formada em Administração de Empresas, irmã Aline foi tradutora de documentos sigilosos e intérprete em eventos da Igreja antes de assumir a liderança do mosteiro, em fevereiro de 2018, aos 33 anos.
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Segundo Aline, o comentário que ouviu de um superior religioso também influenciou a decisão sobre sua permanência no cargo. “Acredito que tenha sido a pedido de frei Mauro Giuseppe Lepori. Ele dizia que eu era bonita demais para ser abadessa, ou mesmo para ser freira. Falava em tom de piada, rindo, mas me expôs ao ridículo”, afirmou.
A investigação no mosteiro teve início em 2023, após o recebimento da denúncia anônima. A primeira inspeção recomendou o arquivamento do caso, mas o processo foi reaberto em 2024, já após a morte do Papa Francisco. Com a chegada do novo pontífice, Leão XIV, irmã Aline foi oficialmente afastada.
Ela entrou com recurso no Vaticano, afirmando ter sido injustiçada e que sua expulsão tem motivações machistas. O Vaticano não se pronunciou, mas frei Mauro Giuseppe Lepori declarou à imprensa italiana: “A ex-abadessa está se libertando, acreditando que pode recuperar o poder e a vaidade por meio de mentiras e manipulação da mídia”.
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