Dinamarca será o primeiro país a taxar arroto e pum de gado

De acordo com informações publicadas nesta quarta-feira (10), pelo G1, a Dinamarca está prestes a se tornar o primeiro país do mundo a tributar as emissões de metano provenientes dos arrotos e flatulências de bovinos e suínos. Esta iniciativa, que busca combater o segundo gás com efeito estufa mais prevalente na atmosfera, foi acordada recentemente entre o governo dinamarquês, parte da oposição, representantes dos pecuaristas, da indústria e dos sindicatos.

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A partir de 2030, as emissões de metano serão tributadas em 300 coroas dinamarquesas por tonelada equivalente de CO2, aumentando para 750 coroas em 2035. A proposta ainda precisa ser aprovada pelo Parlamento dinamarquês.

Christian Fromberg, especialista em agricultura do Greenpeace, comentou que o texto traz esperança em um momento em que muitos países retrocedem em suas ações climáticas. No entanto, ele destacou que a taxa de carbono deveria ser mais elevada e implementada anteriormente, mas considera o acordo um passo importante.

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Por outro lado, a Associação Dinamarquesa para a Agricultura Sustentável criticou o acordo como “inútil”, chamando-o de um “dia triste para a agricultura”. O presidente da associação, Peter Kiaer, expressou preocupação com o impacto econômico sobre os agricultores, mencionando a potencial perda de até 2.000 empregos até 2035.

Para mitigar esses efeitos, o plano inclui uma redução de impostos de 60% para os agricultores, reduzindo o custo real do imposto para 120 coroas por tonelada a partir de 2030 e para 44 coroas cinco anos depois. As receitas geradas pelo imposto serão reinvestidas na transição ecológica da indústria agrícola, que ocupa mais de 60% das terras do país.

Além do imposto sobre metano, o governo dinamarquês planeja aumentar o pousio de 140 mil hectares de terra para melhorar o armazenamento de carbono no solo, contribuindo assim para a redução das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera.

“Na Dinamarca, existe o mito de que somos pioneiros ambientais”, comentou Fromberg. “Este acordo representa uma continuação da intensificação da agricultura dinamarquesa ao longo dos últimos 70 anos, incentivando-a a continuar como um dos maiores produtores de carne do mundo”, concluiu.

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