Filha traduz em livro o drama de viver com mãe com esquizofrenia: “Eu não queria ser parecida com você”

Amanda Marton Ramaciotti, jornalista chilena-brasileira e editora da revista Anfibia no Chile, conta a história de sua relação com a mãe, Cecília, em seu livro “No Quería Parecerme a Ti” (“Eu não queria ser parecida com você”, em tradução livre).

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A obra aborda os desafios enfrentados devido à esquizofrenia de Cecília, além de preconceitos, mitos e estereótipos sobre a doença.

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Amanda cresceu sem entender totalmente a condição da mãe, que sofreu um surto psicótico e deixou a família. Cecília voltou para casa após tratamento quando Amanda tinha oito anos, e desde então, Amanda assumiu a responsabilidade de ajudá-la.

O livro mistura relatos pessoais com informações científicas e entrevistas, destacando o desconhecimento geral sobre a esquizofrenia. Amanda compartilha que, aos 20 anos, descobriu que tinha 13% de chance de também desenvolver a doença, o que a levou a uma obsessão pelo tema

Amanda descreve os anos de incerteza antes dos 30, quando o risco de desenvolver esquizofrenia diminui. Trabalhou intensamente, temendo perder a sanidade e sua carreira. Hoje, aos 31 anos, Amanda sente alívio, mas também um vazio, e continua a lidar com o impacto da doença em sua vida.

A relação com sua mãe começou a mudar quando Amanda, aos 20 anos, teve que lidar sozinha com um surto psicótico de Cecília. Essa experiência dolorosa fortaleceu a determinação de Amanda em escrever sobre sua história.

O livro visa desmistificar a esquizofrenia e combater os preconceitos. Amanda alerta sobre o impacto da condescendência e da rejeição social, e elogia a resiliência de sua mãe. Ela afirma que a sociedade ainda tem muito a aprender e aceitar sobre a esquizofrenia, uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.

Ao final, Amanda revela que não teme mais se parecer com sua mãe. Ela reconhece muitas semelhanças e expressa desejo de compartilhar a paciência e a doçura de Cecília.

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