Menino autista de 9 anos supera desafios e conquista espaço nas ciências aeroespaciais

Miguel Rosa dos Santos, de 9 anos, é um jovem autista com uma habilidade extraordinária para números e ciências. Desde os 2 anos, Miguel demonstrava facilidade com cálculos e, aos 4, já dominava a tabuada. Seu fascínio pelas exatas logo se estendeu ao estudo dos planetas e foguetes, inspirando-o a querer ser engenheiro aeroespacial.

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Morador de Presidente Prudente (SP), Miguel faz parte do seleto grupo de crianças superdotadas no Brasil. Membro da Mensa, ele já descobriu 200 exoplanetas e acumula mais de 60 medalhas em olimpíadas de conhecimento, especialmente em matemática.

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Em junho deste ano, apesar de ainda cursar o ensino fundamental, foi aprovado no vestibular de engenharia de software na Unoeste e colabora em projetos de pesquisa na universidade.

Miguel foi diagnosticado com autismo em 2021, após enfrentar uma parada cardiorrespiratória que o afastou da escola por três anos. Sua mãe, Josiane Luzia Mendonça dos Santos, inicialmente acreditava que o interesse intenso de Miguel era apenas um hiperfoco relacionado ao autismo. No entanto, o diagnóstico revelou que ele também possuía altas habilidades.

Hoje, Miguel é acompanhado por uma equipe multidisciplinar e participa de cursos extras, incluindo aulas na pós-graduação em física na UNESP. Para Josiane, o maior desafio é manter o filho motivado nos estudos, já que ele frequentemente se sente desinteressado pelos conteúdos de seu ano escolar.

Entre as conquistas de Miguel, destaca-se o Prêmio Sócios Mirins AEITA, concedido pela Associação dos Engenheiros do ITA, que reconhece jovens talentos nas áreas de ciências e engenharia. A partir desse prêmio, Miguel teve a oportunidade de participar de programas de ciência cidadã da NASA, onde se destacou na detecção de asteroides e exoplanetas.

Josiane enfatiza a importância de oferecer suporte personalizado para crianças como Miguel, que, apesar de suas habilidades extraordinárias, enfrentam desafios significativos em áreas como comunicação e regulação emocional. Ela acredita que valorizar a diversidade e romper estereótipos é essencial para permitir que essas crianças alcancem seu pleno potencial.

A neuropsicóloga Deborah Moss alerta que, para crianças superdotadas, é crucial receber estímulos adequados desde cedo. Caso contrário, podem se desmotivar e apresentar problemas de comportamento. Ela também destaca que o Brasil ainda carece de preparo para identificar e apoiar essas crianças de forma eficaz.

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