O jornalista e locutor Cid Moreira, um dos nomes mais icônicos da televisão brasileira, faleceu nesta quinta-feira (3), aos 97 anos. Natural de Taubaté, São Paulo, Cid começou sua carreira em um caminho diferente, formado em contabilidade. Contudo, sua voz inconfundível o levou para os microfones e, posteriormente, para as telas de televisão. Ao longo de décadas, ele se tornou sinônimo de credibilidade e firmeza no jornalismo, especialmente como apresentador do Jornal Nacional, onde deu “boa noite” aproximadamente 8 mil vezes, de acordo com o Memória Globo.
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Cid iniciou sua trajetória no rádio em 1944, após um amigo sugerir que ele fizesse um teste de locução devido às suas habilidades de imitação. Foi contratado pela Rádio Difusora Taubaté e, a partir daí, construiu uma carreira sólida nas principais emissoras de rádio do país, como a Rádio Bandeirantes e a Rádio Mayrink Veiga. Sua chegada à televisão aconteceu em meados da década de 1950, na TV Rio, onde começou apresentando comerciais ao vivo e, em 1963, ingressou como locutor de noticiários no “Jornal de Vanguarda”.
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Em 1969, Cid foi convidado a integrar a equipe do recém-criado “Jornal Nacional”, o primeiro telejornal em rede nacional do Brasil. Ao lado de Hilton Gomes e, mais tarde, Sérgio Chapelin, Cid permaneceu no comando do telejornal por 26 anos. Seu estilo de apresentação, que priorizava a clareza e a sobriedade, fez dele um símbolo do jornalismo televisivo brasileiro. Ele relembrou, em entrevistas, o nervosismo que tomou conta da equipe no dia da estreia do Jornal Nacional, um programa que logo se tornaria a principal fonte de notícias no país.
Além de sua atuação no jornal global, Moreira também ficou conhecido por sua participação em reportagens especiais no programa Fantástico. Um dos momentos mais lembrados de sua trajetória foi a narração do quadro do ilusionista Mister M, que fez grande sucesso em 1999. A voz de Cid se tornou tão associada ao quadro que, quando Mister M veio ao Brasil no ano seguinte, foi o próprio Cid quem realizou a entrevista com o ilusionista para o Fantástico.
Nos anos 1990, o jornalista começou a dedicar-se a um projeto pessoal: a gravação de salmos bíblicos. Este trabalho culminou em 2011, quando ele concluiu a gravação da Bíblia completa, um feito que se tornou um sucesso, com milhões de cópias vendidas e visualizações no YouTube. Paralelamente, ele lançou uma biografia em 2010, escrita por sua esposa, Fátima Sampaio Moreira, reunindo depoimentos de amigos e colegas sobre sua extensa e respeitada carreira na comunicação.
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