Valentina Bandeira, de 30 anos, relembrou sua infância marcada pela criação do pai, o bailarino e diretor Ricardo Bandeira, que é LGBT. Em entrevista à Marie Claire, ela compartilhou como essa experiência foi “libertadora” para sua vida.
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“Sou filha de pai LGBT, e ele me criou numa época que não tinha muitos pais LGBT assumidos de amiguinhos do colégio. Eu era a única. Ele me criou numa doutrina de libertação justamente para eu poder receber essa informação com mais leveza quando entendesse o cenário todo”, contou Valentina. Ela também mencionou que o pai esperou o momento certo para falar abertamente sobre sua sexualidade, preparando-a de maneira cuidadosa.
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Valentina explicou que essa criação a ensinou a respeitar as diferenças e a se descobrir de forma tranquila, sem sofrer pressões externas. “Me perguntam se é traumatizante ter pai LGBT, mas é a coisa que mais me orgulho na minha educação. Me abriu ao mundo tal qual ele é: diverso e tolerante às diferenças”, afirmou.
Em tom descontraído, a atriz brincou ao falar sobre sua própria sexualidade, dizendo que se considera uma “hétero compulsória” e comentou que, apesar das expectativas, “não é problema” do pai com quem ela se relaciona.
Ao falar sobre o papel das mulheres na sociedade atual, Valentina destacou que, apesar dos avanços, ainda há lutas a serem enfrentadas. “A gente tem uma herança religiosa e moralista terrível, que faz com que a gente se oprima e seja oprimida. Mas estamos caminhando”, disse a atriz, ressaltando o impacto da globalização e da internet na disseminação de debates e questionamentos.
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