Moradores de Picos, a 311 km de Teresina, observaram um fenômeno raro conhecido como “arco-íris de fogo” na tarde de sábado (26). O evento, tecnicamente chamado de nuvem iridescente, ocorre quando a luz solar é refratada em cristais de gelo presentes nas nuvens do tipo cirros, exigindo um ângulo preciso para criar o efeito.
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“Esse fenômeno se chama nuvem iridescente por causa da irisação, que é a manifestação das cores em um espectro semelhante ao de um arco-íris. Ele também é conhecido como ‘arco-íris de fogo’ pela sua capacidade de mostrar cores com muito brilho e intensidade,” explica o climatologista e professor Werton Costa.
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Segundo especialistas, para que esse efeito de prisma aconteça, o sol precisa estar a pelo menos 58 graus acima do horizonte. Isso faz do “arco-íris de fogo” um fenômeno raro.
As nuvens cirros, onde o efeito ocorre, se formam na alta troposfera, a cerca de 10 mil metros de altitude, onde as temperaturas são inferiores a 0 °C. Essas nuvens são compostas por pequenos cristais de gelo, que, devido aos ventos de alta altitude, assumem a aparência de finos novelos brancos.
“A luz é refletida e fracionada sucessivamente no interior da nuvem, criando o efeito colorido. No caso de Picos, a nuvem iridescente chamou atenção por sua estrutura linear, parecendo uma trilha de condensação, como a deixada por um foguete ou avião,” acrescentou o professor.
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