Fabrício e Lucas, motoristas de ônibus envolvidos no ataque da torcida organizada Mancha Alviverde contra torcedores do Cruzeiro, relataram os momentos de terror vívidos na Rodovia Fernão Dias, entre São Paulo e Belo Horizonte. O caso foi exibido pelo programa Fantástico no último domingo (05), com depoimentos dos profissionais, que não tinham nada a ver com a rixa das torcidas e seguiam a caminho de Minas Gerais transportando membros da Máfia Azul.
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Fabrício e Lucas foram interceptados por cerca de 150 torcedores da Mancha Alviverde em Mairiporã, no estado de São Paulo. “Eu estava na direção do primeiro ônibus, e o Lucas no segundo”, relatou o motorista. Ao avistar quatro carros parados na pista, estranharam a situação, mas não houve o que fazer.
O ataque começou de forma repentina, com pedras, barras de ferro e rojões arremessados contra os ônibus. “Eles quebraram o para-brisa, janelas, tudo”, disse Fabrício. Lucas, cujo veículo acabou incendiado, descreveu a rapidez da situação: “O fogo tomou uma proporção em segundos. Só queria sair com a vida”. Ambos conseguiram escapar com os passageiros, que chegaram a saltar pelas janelas para fugir do incêndio.
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Imagens mostradas pela reportagem indicam que o grupo da Mancha Alviverde se reuniu próximo à rodovia, aguardando a passagem dos ônibus. Fabrício, que nem deveria ter escalado para realizar esse fretado, relatou o medo: “A gente via pessoas vindo correndo. Sabia que era briga de torcida, mas só queria sair com a vida.”
José Victor Miranda, torcedor do Cruzeiro, foi morto. Outros 17 ficaram feridos. Oito membros da Mancha Alviverde tiveram prisão decretada, incluindo Jorge Luiz Sampaio Santos, presidente da torcida. A polícia já prendeu um dos envolvidos.
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