Drag queen compartilha experiência de paternidade na comunidade LGBTQIA+

Aretuza Lovi, drag queen e figura relevante no cenário musical, também tem se destacado como pai na comunidade LGBTQIA+. Ela tem vivido a paternidade com seu filho, Noah, de nove anos, e falou sobre a experiência, destacando o apoio do filho ao seu trabalho.

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“Há 9 anos, eu sou o pai de um ser maravilhoso, super evoluído e super maduro. Meu filho vive a diversidade de forma muito natural. Para ele, não tem tabu nenhum”, afirmou a artista, que enfatizou a importância de manter um diálogo aberto com Noah, algo que não experimentou em sua própria infância, quando não havia discussões sobre sexualidade.

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“A gente tem um papo muito direto e reto. Eu faço com ele tudo que os meus pais não fizeram comigo, porque na minha casa não existia esse papo sobre sexualidade e eu era uma criança extremamente ‘viado’, que queria ser a Carla Perez no ‘É O Tchan’”, contou Aretuza, lembrando de estereótipos negativos sobre masculinidade e a falta de referências afetivas em sua infância.

A artista também relembrou as palavras do pai, que tentava impor suas ideias sobre masculinidade de forma agressiva. “A forma da minha família podar isso era apanhar, porque só o espancamento iria curar, aprender na marra. Eu tive que escutar: ‘vira homem’, ‘isso não é coisa de homem’, ‘isso é coisa de viado’. Então, eu cresci ouvindo isso e meu pai falava bem assim: ‘eu vou te bater até você ter a sensação de fazer xixi e entender que você é homem’. Eu não tive referências, eu não tive afeto”, relatou.

Com o tempo, Aretuza percebeu a importância de criar um ambiente afetivo para seu filho, algo que lhe faltou na infância. “Eu tinha o meu pai dentro da minha casa e eu tinha ausência de pai a distância. Ela não existe quando a gente quer estar presente, a gente se faz presente. Eu falo todos os dias pro meu filho que eu tenho muito orgulho dele, que eu o amo muito, porque eu não cresci assim e escutar um ‘eu te amo’ na construção da vida faz muita falta”, concluiu

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