Filhote de tigre dente-de-sabre conservado por 32 mil anos revela detalhes inéditos da espécie

Um filhote de tigre dente-de-sabre conservado por 32 mil anos no permafrost de Yakutia, na Sibéria, trouxe novas informações sobre a aparência e adaptações dessa espécie extinta. O animal foi descoberto em 2020 e, desde então, tem sido objeto de estudos intensivos. As descobertas foram publicadas em 14 de novembro no Scientific Reports.

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O exemplar é uma múmia parcial, composta pela parte frontal do corpo, quadris e membros posteriores. Quando completo, o filhote teria cerca de 35 centímetros de comprimento. A análise do crânio e a datação por carbono indicaram que a múmia é do período Pleistoceno Tardio, com aproximadamente 31.800 anos. A morfologia do crânio confirmou tratar-se de um filhote, estimado em três semanas de idade na época de sua morte.

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Os estudos revelaram características físicas impossíveis de identificar apenas com base em fósseis. O filhote apresentava:

  • Cabeça curta e arredondada: Diferente de felinos modernos, com orelhas altas e arredondadas.
  • Pescoço alongado e robusto: Adaptado às condições ambientais da época.
  • Tufos claros nos cantos da boca: Indicando que os adultos possivelmente possuíam uma “barba” cobrindo a mandíbula inferior.

Além disso, as patas tinham adaptações específicas para o ambiente gelado:

  • Almofadas plantares quadradas e largas: Diferente do formato oval comum em felinos modernos, auxiliando na conservação de calor.
  • Pelagem densa e marrom-escura: Uma característica do filhote, mas ainda incerta em relação aos adultos.

Os cientistas sugerem que o formato das patas e o revestimento de pelos eram adaptações para caminhar sobre neve e suportar temperaturas extremas. A descoberta de uma “barba” também levanta hipóteses sobre possíveis funções térmicas ou sociais na espécie.

Embora este filhote tenha trazido informações valiosas, ainda há mistérios sobre a aparência adulta do tigre dente-de-sabre. A expectativa é que novos espécimes mumificados possam ser encontrados, preenchendo lacunas no conhecimento sobre um dos predadores mais icônicos da pré-história.

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