PM morre 33 dias após se engasgar com comida durante treinamento em Ribeirão Preto

O cabo da Polícia Militar Alan Roberto de Freitas Silva, de 35 anos, faleceu na noite de quinta-feira (21) após passar 33 dias internado no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (SP). Natural de Franca (SP), ele estava na cidade para participar de um curso de especialização da Força Tática quando sofreu um grave incidente de saúde.

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Freitas passou mal durante uma refeição no dia 14 de outubro, enquanto participava do treinamento intensivo. Ele foi socorrido inicialmente em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e, devido à gravidade do quadro, transferido para o Hospital das Clínicas.

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Segundo Sarah Paschoarelli, esposa do policial, os médicos identificaram um rompimento no esôfago que exigiu uma cirurgia de emergência. “Ele já chegou em estado grave e correndo risco de vida. Entre quarta e quinta, ele ficou sedado”, relatou Sarah.

Sarah revelou que o marido não desejava participar do curso e que teria sido pressionado por superiores a comparecer. “Ele não queria ir, mas insistiram, diziam que ele era o mais novo da Força Tática e não tinha opção. Eu também não queria que ele fosse”, disse ela.

Freitas relatou a Sarah, antes de ser sedado, que engasgou na primeira garfada da refeição, possivelmente devido ao curto intervalo disponível para alimentação durante o treinamento. “Ele pediu suco e tentou ir ao alojamento para vomitar, mas a situação piorou”, explicou.

A Polícia Militar informou que instaurou uma sindicância para apurar as circunstâncias da morte e que a equipe médica investiga a possibilidade de uma condição pré-existente ter contribuído para o quadro. O caso foi registrado como morte suspeita – acidental, no 6º Distrito Policial de Ribeirão Preto.

Vídeos que circulam na internet mostram a intensidade física dos treinamentos da Força Tática, que incluem provas de resistência sob condições extenuantes.

Despedida e Luto

O corpo de Freitas foi velado na sexta-feira (22) e sepultado no sábado (23), no Cemitério da Saudade, em Franca. Para Sarah, a perda é devastadora.

“Perdi tudo que eu tinha, meu porto seguro. Agora vou ter de aprender a viver sem ele”, desabafou.

A morte de Alan Roberto de Freitas Silva levanta questionamentos sobre a rigidez dos treinamentos e a pressão enfrentada por agentes da Força Tática, trazendo à tona um debate sobre segurança e bem-estar no ambiente policial.

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