Com 15,7 milhões de pacientes adultos diagnosticados com diabetes, o Brasil está entre os países com maior incidência da doença no mundo, de acordo com os dados divulgados pelo governo do Atlas da Federação Internacional de Diabetes. A ministra Nísia disse: “O que se faz aqui é garantia de vida para uma doença que temos que trabalhar com prevenção, mas sabemos que, em muitos casos, não fugiremos da medicação, da insulina e de outros medicamentos que o SUS já fornece na assistência farmacêutica e Farmácia Popular.”
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Esta sexta-feira (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve presente na inauguração da fábrica de insulina da empresa Biomm em Nova Lima, Minas Gerais. Com a nova fábrica, o Brasil reinicia sua produção de hormônio e pode atender à demanda nacional de insulina.
Lula, durante seu discurso, homenageou Walfrido dos Mares Guia, um dos sócios-fundadores e membro do conselho de administração da Biomm, por sua contribuição para aumentar o acesso da população aos insumos. Walfrido tem experiência política e é amigo de Lula. Ele foi ministro durante os dois primeiros mandatos do presidente, de 2003 a 2007.
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O presidente ficou emocionado ao falar sobre a situação de sua bisneta Analua, de 7 anos, que tem diabetes mellitus tipo 1. Ela precisa controlar tudo o que come porque seu aparelho está no ombro e está conectado ao celular. Além disso, o que é incrível é que ela solicita que sua mãe e pai lhe administrem a insulina; ela não tem mais medo, e a insulina já faz parte de sua vida. Como a vida precisa que os bons vivam muito e que os maus descansem rapidamente, quero que a minha bisneta Analua saiba que esta simpática figura aqui [Walfrido] vai te tranquilizar para viver mais do que eu e mais do que ele está vivendo.
A produção insuficiente ou má absorção de insulina, um hormônio que regula a glicose no sangue e fornece energia ao organismo, é a causa do diabetes. O papel da insulina é quebrar as moléculas de açúcar, ou glicose, e transformá-las em energia para manter as células do organismo. O aumento da glicemia é causado pelo diabetes e as altas taxas podem causar problemas no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. Em situações mais graves, o diabetes pode resultar na morte.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que o Brasil dependia exclusivamente de produtos importados por mais de 20 anos devido à falta de produção nacional de insulina. “Temos que ter uma política industrial para ter uma política de ciência e tecnologia em saúde que leve os produtos à população”, afirmou.
A empresa biofarmacêutica investiu R$ 800 milhões na construção da nova instalação. A fábrica terá capacidade para produzir 20 milhões de refis de insulina glargina com ação prolongada por ano, bem como canetas de insulina em seguida. Além disso, terá a capacidade de produzir 20 milhões de embalagens de outros biomedicamentos, como insulina humana recombinante. A estimativa é que a unidade crie cerca de 300 empregos diretos e aproximadamente 1,2 mil empregos indiretos.
A insulina glargina é um tratamento recomendado para diabetes mellitus tipos 1 e 2. No ano passado, o Ministério da Saúde fez uma compra urgente de 1,3 milhão de unidades de insulina asparte (de ação rápida), indicada para tratar o diabetes mellitus tipo 1, que representa de 5% a 10% das pessoas com a doença. Isso foi feito devido ao risco de desabastecimento. A pasta informou naquele momento que havia suficiente estoque de insulinas regulares comuns para atender a rede do SUS.
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