Nutricionista sobrevive a cesárea de emergência após complicação rara e celebra a vida com o filho

Era o parto do primeiro filho, e a nutricionista Anna Carolina Viollin, de Catanduva (SP), sabia exatamente como queria que fosse esse momento.

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Porém, no dia 17 de julho, com 39 semanas de gestação, ela ainda não havia entrado em trabalho de parto quando começou a sentir dores intensas. No hospital, os médicos constataram a gravidade da situação. Anna foi submetida a uma cesárea de emergência e, logo após o parto, foi sedada.

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“Foi a cesárea de emergência mais complicada da vida de uma médica. Um bebê de 4,5 kg, mais de dez bolsas de sangue, um rim a menos, 50 pontos, um dia de UTI, entubada, e cinco dias de internação. Foram muitas idas ao hospital por dias.

Os médicos que participaram da minha cirurgia, às 16h30 de uma sexta-feira, não acreditaram quando me viram viva, andando pelos corredores, três dias depois. Minha vida passou inteira diante dos meus olhos naquele centro cirúrgico. Deus me deu uma segunda chance”, relatou Anna em um post no Instagram.

Anna descobriu, durante o parto, que um tumor benigno no rim havia crescido e estourado, causando um sangramento interno grave. O episódio custou a perda de um rim, mas resultou na chegada de Hariel, seu filho, que hoje está prestes a completar três meses.

“A gravidez foi planejada. Tentávamos há dois meses quando o teste positivo apareceu. Mesmo planejando, foi uma surpresa ver que estava acontecendo tão rápido. A gestação foi tranquila, apesar dos enjoos iniciais e do desgaste no final, devido ao peso do bebê, que nasceu com 4,5 kg”, relembra Anna.

Embora a gestação tenha seguido sem complicações, o parto precisou ser adiantado por causa do tumor, um angiomiolipoma que ela monitorava há 10 anos. Até então considerado sem riscos, ele cresceu inesperadamente, rompendo e provocando a emergência.

“Felizmente, estava no hospital quando comecei a sentir dores intensas, que duraram 16 horas sem pausa. Durante o parto, não sabia se meu bebê estava vivo, pois ele não chorou ao nascer. Só soube que ele estava bem no dia seguinte, por meio da minha mãe. Conheci Hariel dois dias depois”, conta.

A recuperação foi desafiadora. Anna recebeu 12 bolsas de sangue devido à perda severa e precisou usar uma faixa cirúrgica na barriga por quase dois meses. Com 50 pontos e um bebê grande, ela enfrentou dificuldades para segurá-lo no colo. “Tive uma boa rede de apoio, o que fez toda a diferença”, afirma.

Uma nova perspectiva

Hoje, Anna e Hariel estão saudáveis. A cicatriz ainda está em processo de recuperação, mas a experiência transformou sua visão de vida.

“Eu idealizava o meu parto, mas tudo fugiu do controle. Foi uma decepção, mas sinto que aconteceu como deveria. Literalmente quase morri, mas Deus me quis aqui. Sou grata por essa segunda chance e por tudo que está por vir.”

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