Um orangotango macho de Sumatra, chamado Rakus, surpreendeu pesquisadores ao se automedicar com uma planta medicinal para tratar um ferimento facial. Esse comportamento, observado pela primeira vez em um grande símio na natureza, demonstra a inteligência e o conhecimento da natureza que esses animais possuem.
++ ACNUR lança “Fundo de Resiliência Climática” para proteger refugiados
O estudo, publicado na última sexta-feira (05), na revista “Scientific Reports”, descreve como Rakus, de cerca de 30 anos, sofreu um ferimento aberto abaixo do olho direito após uma briga com outro macho. Três dias depois, ele foi observado mastigando folhas de uma planta chamada Akar Kuning (Fibraurea tinctoria) e aplicando o sumo na ferida. Após cinco dias, o ferimento já estava fechado e, em duas semanas, apenas uma cicatriz era visível.
A Akar Kuning é conhecida por suas propriedades antibacterianas e anti-inflamatórias, e é usada há séculos pela medicina tradicional na região. O fato de Rakus ter escolhido essa planta específica para tratar seu ferimento sugere que ele tem conhecimento sobre suas propriedades medicinais.
++ Nova espécie de lírio é descoberto no Japão após mais 110 anos
“Até onde sabemos, este é o primeiro caso documentado de tratamento ativo de feridas com uma espécie de planta com propriedades médicas por um animal selvagem”, explicou Caroline Schuppli, bióloga evolucionista do instituto, à Reuters.
“Os orangotangos selvagens adquirem seus conjuntos de habilidades por meio do aprendizado social observacional, e as habilidades são transmitidas de geração em geração. A população onde esta observação foi feita é conhecida por seu rico repertório cultural, incluindo o uso de ferramentas em diferentes contextos”, completou.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook , no Twitter e também no Instagram para mais notícias do 111Next.