O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, toma posse para um terceiro mandato nesta sexta-feira (10). A cerimônia acontece após um processo eleitoral marcado por denúncias de irregularidades e repressão a opositores. Até o momento, Maduro não apresentou provas de sua vitória, enquanto a oposição afirma que o candidato Edmundo González venceu o pleito.
As eleições presidenciais ocorreram em 28 de julho de 2024. Antes da votação, a candidatura da principal líder opositora, María Corina Machado, foi barrada pelas autoridades eleitorais, enquanto González conseguiu se registrar, mas enfrentou dificuldades durante a campanha. O governo também revogou convites a observadores internacionais e limitou a atuação de fiscais independentes.
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Após o pleito, o Conselho Nacional Eleitoral declarou Maduro vencedor com pouco mais de 50% dos votos, mas a oposição afirmou que González obteve ampla vantagem com base em atas eleitorais coletadas. A disputa pelo resultado gerou protestos, prisões e exílios. González se refugiou na Espanha, e María Corina Machado permanece escondida no país.
A posse deve ter a presença de poucos líderes internacionais. Confirmaram participação os presidentes de Cuba e Nicarágua, além de alguns primeiros-ministros africanos. O Brasil seria representado pela embaixadora Glivânia Maria de Oliveira, mas o governo Lula reavalia o envio da diplomata após ataques relacionados a Machado.
Outros países da América Latina, como Colômbia e México, serão representados por seus embaixadores já em Caracas. Argentina, Chile, Paraguai e Peru não enviarão delegações. Representantes de Rússia, China e Belarus, aliados do regime, também estarão presentes, embora nenhum chefe de Estado dessas nações compareça.
A cerimônia está prevista para as 13h (horário de Brasília), com dois discursos de Maduro programados
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