“Agora sou o Raphael”, diz pai de menino trans que também mudou de gênero em São Paulo

Raphael Batista, um encarregado de logística de 38 anos, assume publicamente sua identidade como homem trans após seu filho, Gustavo, também transgênero, iniciar acompanhamento no Hospital das Clínicas (HC) da Universidade de São Paulo (USP). Ambos os pais e o filho nasceram com características biológicas femininas, mas se identificam como sendo do gênero masculino.

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Raphael conta que começou a questionar sua identidade de gênero após o filho iniciar sua transição. Ele relatou que, no ano passado, parou de se identificar com o gênero feminino e pediu para ser chamado pelo masculino. A decisão foi compartilhada com a família e mais de 24 mil seguidores nas redes sociais.

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Gustavo, agora com 10 anos, iniciou sua transição aos 4 anos, quando começou a ser atendido pelo Ambulatório Transdisciplinar de Identidade de Gênero e Orientação Íntima (Amtigos) do Instituto de Psiquiatria. Sua mãe percebeu que ele era uma criança trans aos 2 anos de idade.

A história de Raphael e Gustavo coincide com o Dia Nacional da Visibilidade Trans, que reafirma a importância de combater o preconceito e a violência contra a comunidade transgênero e travesti. A transfobia é considerada um crime, e é fundamental que a sociedade promova a aceitação e o respeito às pessoas trans.

O Hospital das Clínicas da USP e o Hospital Municipal do Campo Limpo oferecem serviços gratuitos para trans, seguindo protocolos previstos no Sistema Único de Saúde (SUS) e recomendações do Conselho Federal de Medicina (CFM). A equipe multidisciplinar que atende as crianças e adolescentes trans inclui psicólogos, pediatras, psiquiatras e endocrinologistas.

O termo transgênero é um termo guarda-chuva que se refere a qualquer variedade de gênero, incluindo trans, travestis, gênero não binário, agênero e gênero fluído. A identidade de gênero é considerada uma condição e não uma doença, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A história de Raphael e Gustavo é um exemplo inspirador de autoconhecimento e aceitação. É fundamental que a sociedade promova a compreensão e o respeito às pessoas trans, combatendo o preconceito e a violência. O atendimento médico e o apoio às famílias são essenciais para garantir que as pessoas trans possam viver suas vidas de forma autêntica e plena.

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