João Paulo Mauler, ex-jornalista e servidor público, superou um infarto aos 30 anos e, anos depois, obteve a maior nota na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) para o curso de medicina. A experiência de vida e o desejo de ajudar os outros como foi ajudado por sua equipe médica o levaram a mudar de carreira.
“Infartei aos 30 anos e larguei tudo para ser médico”, afirmou João, que já havia completado o curso de Comunicação Social e trabalhava na Fundação Hemominas quando decidiu seguir o novo caminho. Após passar um tempo refletindo, em 2013, ele ingressou em um cursinho preparatório e, no ano seguinte, foi aprovado em primeiro lugar na seleção.
Aos 30 anos, João se tornou o mais velho da turma de medicina, formada por jovens recém-saídos do ensino médio. Ele relembra que, apesar de questionar sua escolha em entrar mais tarde na faculdade, a experiência de vida trouxe vantagens. “Aproveitei muito mais a faculdade pelo fato de ter entrado mais velho, com uma maturidade diferente”, contou ao G1.
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João, que enfrentou uma rotina intensa de estudos, tornou-se uma referência na faculdade, sendo eleito representante de turma, mesmo sem se candidatar. Após a graduação, ele começou sua residência médica, mas logo se deparou com a pandemia de Covid-19, que trouxe desafios inesperados. “Pensei em desistir, não nego isso”, disse, referindo-se ao medo e à inexperiência em um momento tão crítico.
Em fevereiro do ano passado, João passou por uma nova cirurgia cardíaca após descobrir obstruções em suas artérias. “A cirurgia foi um sucesso e tá tudo ótimo. Só tenho a agradecer por tudo que aconteceu”, disse ele.
Agora, após concluir a residência médica, João projeta seu futuro na cardiologia e afirma: “Meu sonho é estar bem estabelecido, trabalhando bem inserido na minha especialidade”.
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