Por mais de quatro milênios, a construção das pirâmides egípcias permaneceu envolta em mistério. Como os antigos egípcios ergueram esses monumentos colossais com tecnologia limitada? Uma equipe de pesquisa da Universidade da Carolina do Norte em Wilmington, nos Estados Unidos, acredita ter encontrado a resposta: um rio milenar há muito perdido.
Em um estudo publicado neste mês na revista científica Nature, os pesquisadores revelam a existência de um antigo braço do Rio Nilo, chamado Ahramat (“pirâmide” em árabe), que teria sido fundamental para o transporte de materiais pesados como os blocos de pedra utilizados na construção das pirâmides.
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Através de imagens de radar via satélite, mapas históricos, levantamentos geofísicos e sondagem de sedimentos, os cientistas localizaram e mapearam o “braço” do rio, que agora está escondido sob desertos e terras agrícolas. A tecnologia de radar permitiu “penetrar na superfície da areia e produzir imagens de características ocultas”, incluindo “rios soterrados e estruturas antigas”, explica o professor Eman Ghoneim, um dos autores do estudo.
A descoberta do Ahramat ajuda a explicar a alta concentração de pirâmides entre Gizé e Lisht, em uma área hoje árida do Deserto do Saara. A proximidade do rio com os monumentos sugere que ele estava ativo durante a fase de construção das pirâmides.
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A coautora do estudo, Suzanne Onstine, afirma que a utilização do rio teria sido crucial para o transporte dos blocos de pedra. “Localizar a verdadeira ramificação [do rio] e ter os dados que mostram que havia uma via navegável que poderia ser usada para o transporte de blocos mais pesados, de equipamentos, de pessoas, de tudo, realmente nos ajuda a explicar a construção das pirâmides”, explica.
O Rio Nilo sempre foi fundamental para a vida no Antigo Egito, e essa descoberta reforça essa importância. A utilização do rio para o transporte de materiais teria otimizado a construção das pirâmides, exigindo menos esforço humano.
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