A vida de Luiz Perillo, um paciente de 35 anos, está em jogo. Ele precisa de um transplante multivisceral, que envolve a doação de cinco órgãos diferentes de um mesmo doador. Essa é uma das cirurgias mais complexas existentes na medicina, e até recentemente, não fazia parte do protocolo do Sistema Único de Saúde (SUS).
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Perillo, que é de Brasília, teve que deixar sua vida na terra natal para vir a São Paulo, onde hoje mora. Ele tem trombofilia, uma doença que afeta a coagulação do sangue e levou à falência de seus órgãos Ele passou por várias internações e agora aguarda na fila de espera pelo transplante. A equação para salvar sua vida é complexa e depende de muitos fatores, incluindo a doação de órgãos de um doador compatível.
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Agora, com a incorporação do procedimento ao SUS, Perillo e outros pacientes podem ter mais esperança. O Ministério da Saúde anunciou que o procedimento será incluído no sistema, o que significa que haverá mais orçamento e ampliação do atendimento no país. Isso pode aumentar as chances de encontrar um doador compatível e permitir que os pacientes sejam atendidos em outros hospitais.
O transplante multivisceral é um procedimento caro e complexo, que pode custar até dez vezes mais que um transplante comum. Além disso, é necessário um centro cirúrgico equipado e uma grande equipe de médicos e enfermeiros. Até agora, apenas seis estabelecimentos de saúde estavam autorizados a realizar o procedimento, e apenas quatro deles atendiam pelo SUS.
Com a inclusão do procedimento no SUS, novos centros podem ser estimulados a fazer o cadastro e realizar o procedimento. Isso pode permitir que mais pacientes sejam atendidos e que a fila de espera seja reduzida. O médico Rafael Pinheiro, especialista no procedimento, comemorou a decisão e destacou que isso permitirá atender mais rápido quem precisa.
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