Amanda Amaral, doceira e digital influencer de Feira de Santana (BA), viu sua vida mudar drasticamente ao ser diagnosticada ainda na infância com esclerodermia sistêmica, uma doença autoimune rara que compromete órgãos internos e altera a pele. A condição afetou sua mobilidade e autoestima, levando a um longo período de depressão. Após anos de desafios, ela superou as dificuldades e hoje celebra a vida ao lado do marido e da filha Alice.
“Eu era uma criança saudável, corria, brincava e subia em árvores, fazia tudo o que uma criança normal faz. Aos 13 anos, comecei a ter muita febre, manchas foram aparecendo, minhas mãos foram aos poucos ficando tortas e fui perdendo a mobilidade do corpo para correr, me abaixar”, revelou ao UOL.
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Durante a adolescência, a doença avançou, impactando seu dia a dia. “Meu estado começou a piorar, as mãos estavam ficando mais tortas, manchas no corpo todo muito mais fortes do que as de hoje, muitas feridas com pus, que colavam na roupa e no lençol. Às vezes dormia em cima de plástico e até em cima de folha de bananeira”, contou.
Além das dificuldades físicas, Amanda enfrentou rejeição social e ataques virtuais. “Criei um perfil no Facebook e, dois dias depois, havia muitos compartilhamentos da minha foto, muitos comentários maldosos, mensagens privadas horríveis. Foi uma época terrível”, relembrou. O episódio a levou a um período de reclusão e pensamentos suicidas.
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A reviravolta começou quando decidiu frequentar uma igreja. Com o tempo, Amanda encontrou forças para se aceitar. “Comecei a sair sem maquiagem, roupas sem manga. Comecei a viver e aprender a gostar de mim”, afirmou.
Foi nesse período que conheceu seu marido, Deyverson Santos: “Ele já me conheceu assim: com as manchas, com as minhas mãos tortas e mancando”. Apesar das incertezas médicas, Amanda engravidou e deu à luz Alice. “Foi o dia mais feliz da minha vida quando ela veio ao mundo”, declarou.
Agora, Amanda compartilha sua trajetória para inspirar outras pessoas. “Hoje me acho linda, se eu não me achar, quem é que vai? Não teria nada que mudaria em mim hoje, nem mesmo essas manchas. Acho que se um dia elas sumirem do meu rosto, não seria mais eu. Acho que pintaria meu rosto todinho de novo”, encerrou.
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