O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja gastar R$ 3,5 bilhões em 2024 com publicidade voltada para a divulgação de políticas sociais, educação, saúde e estatais como Correios, Caixa Econômica e Banco do Brasil.
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A informação foi revelada pela Folha de S. Paulo nesta segunda-feira (10), após apuração de contratos em andamento com agências de publicidade de 21 órgãos federais. Os principais focos são programas como o Pé-de-Meia e o Mais Especialistas, que têm sido mencionados com frequência nos discursos do presidente.
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Em resposta, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) afirmou que as campanhas têm como objetivo “dar amplo conhecimento à sociedade das políticas e programas do Poder Executivo Federal” e “divulgar direitos”, entre outras iniciativas.
O aumento dos gastos ocorre no contexto da queda de popularidade de Lula, impulsionada pelo pessimismo econômico e pelos altos preços dos alimentos desde o fim do ano passado. Em janeiro, o presidente trocou o comando da Secom, colocando o publicitário Sidônio Palmeira no cargo, com o intuito de revisar a estratégia de comunicação do governo.
Entre os contratos firmados ou em processo de licitação, quatro somam cerca de R$ 700 milhões. O maior valor envolve os Correios, com um contrato de R$ 380 milhões para reposicionar a marca e disputar o mercado de encomendas e logística. Os valores mais altos de publicidade estão destinados ao Banco do Brasil (R$ 750 milhões), Secom (R$ 562,5 milhões) e Caixa Econômica Federal (R$ 468,1 milhões). Por outro lado, a Infraero é a entidade com menor orçamento, com R$ 7 milhões anuais.
Os órgãos federais justificam o aumento dos gastos como uma maneira de garantir transparência e informar a população sobre as ações governamentais. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, por exemplo, prevê gastar até R$ 120 milhões com publicidade, com uma estimativa de desembolso de R$ 90,3 milhões em 2024.
O Ministério da Educação, por sua vez, pretende aumentar seu orçamento de publicidade de R$ 27,4 milhões para R$ 140 milhões, o que foi justificado pela expansão das novas políticas educacionais. A Caixa Econômica Federal, por sua vez, afirmou que os investimentos em publicidade são adequados ao tamanho da instituição e essenciais para manter sua competitividade no setor. “Os investimentos do banco nesta área estão dentro dos limites legais e orçamentários, sendo compatíveis com o porte e a complexidade de seus negócios”, disse a instituição em nota
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