Mãe do ‘bebê de um milhão de dólares’ desabafa após erro em clínica de fertilização: “É emocional, é existencial”

Durante quase duas décadas, Nama Winston chamou o filho de “Bebê de um Milhão de Dólares”. A expressão não se referia a fama ou fortuna, mas ao árduo caminho que percorreu para tê-lo nos braços — uma jornada marcada por tentativas frustradas, dores silenciosas e um alto custo emocional e financeiro.

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Seu filho, hoje prestes a completar 18 anos, nasceu graças à fertilização in vitro. A conquista de ser mãe, para Nama, é o capítulo mais importante de sua vida. Mas tudo isso ganhou um novo contorno diante do recente caso da clínica Monash IVF, em Brisbane, na Austrália, onde uma mulher deu à luz o filho biológico de outro casal após uma falha no processo de implantação de embrião.

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“Esse tipo de erro é o cúmulo da negligência e da crueldade”, disse Nama ao site australiano Kidspot. Para ela, que enfrentou longos anos de frustrações, exames e ciclos de fertilização, esse tipo de falha atinge as pessoas em seu ponto mais vulnerável: o desejo de formar uma família. “Sei que, quando alguém chega a uma clínica de fertilização, já passou por tudo — frustração, perda, medo. Colocar esse sonho nas mãos de terceiros exige um nível de confiança total.”

Mesmo após o nascimento do filho, Nama conviveu com uma angústia particular. Ele tinha uma aparência muito diferente da sua, o que gerava comentários e dúvidas até de estranhos. Situações constrangedoras, como no check-in de aeroportos, fizeram crescer nela a incerteza: será que o embrião implantado era realmente seu?

“Se meu filho tivesse vindo de uma gravidez natural, talvez eu não tivesse me preocupado. Mas como tudo foi feito em laboratório, em etapas que não acompanhei, a dúvida cresceu em mim. O que parecia paranoia de mãe se tornou uma angústia real. Precisava ter certeza.”

Nama procurou a clínica e realizou testes de DNA. “E felizmente, obtivemos a confirmação: ele é mesmo meu filho biológico.” O alívio foi imediato. “As pessoas sempre questionam quando nos veem juntos. Agora posso explicar ao meu filho por que fazem isso — e mostrar a ele, com fatos, quem ele é.”

Diante do caso de Brisbane, ela não esconde a revolta — mas é a empatia que predomina. “Meu coração se parte por essa criança, por suas duas mães, por todos os envolvidos. Porque esse tipo de erro não é só técnico — é emocional, é existencial. Mexe com o vínculo mais profundo que uma pessoa pode ter.”

E conclui com um alerta: “As famílias que recorrem à fertilização in vitro colocam tudo nas mãos dessas clínicas. Tudo mesmo. E não há espaço para erro.”

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