Aos 70 anos, atriz tem filha com material genético do filho morto: “Ela preenche meus dias”

A atriz espanhola Ana Obregón, de 70 anos, falou sobre a experiência de criar uma filha gerada a partir do esperma do filho Aless Lequio, morto em 2020, aos 27 anos, vítima de um câncer raro. Em entrevista à revista ¡Hola!, ela relembrou o processo que resultou no nascimento de Anita Sandra, por barriga de aluguel, e refletiu sobre a maternidade na terceira idade.

Anita nasceu em 2022 nos Estados Unidos, a partir de uma doadora de óvulos e do material genético deixado por Aless antes de morrer. Obregón decidiu seguir com o procedimento como forma de cumprir um desejo do filho. “Ela não é minha filha, ela é minha neta”, declarou à época. Apesar disso, a atriz registrou legalmente Anita como sua filha.

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“Fiquei morta por três anos, desde a morte de Aless até o nascimento de Anita. Agora, ela preenche meus dias”, afirmou Ana, emocionada. A atriz contou que a casa onde vive em Madri foi adaptada para receber a criança, com brinquedos, almofadas e até uma piscina de bolinhas. “Ela me faz mergulhar. Mas está cada vez mais difícil pegá-la no colo. Minhas costas doem”, revelou.

Ana também falou sobre as críticas que recebeu. Na Espanha, a barriga de aluguel é proibida, e o caso gerou repercussão nacional. “Há críticas e julgamentos. As pessoas podem ser julgadas, mas é impossível viver sem empatia. Eu era dona da minha dor. Agora sou dona da minha recuperação”, disse.

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Ela contou ainda que Anita tem personalidade marcante. “Ela é um ser de luz. Vive pedindo abraços, mas não para ela — para eu dar nos outros. Outro dia, o encanador veio e, por insistência dela, eu o abracei”, relatou.

A morte de Aless, segundo Ana, foi uma ruptura definitiva. “Você não aceita nem supera a morte de um filho. Aceita que nunca será capaz de aceitar a partida dele.” Agora, como mãe-avó, ela diz ter redescoberto um novo sentido para a vida: “Sei que nunca mais sentirei a felicidade que tive com Aless, mas Anita me devolveu à vida”.

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